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2 Ver ao final da nota de rodapé 18.
3 Silfvergrip (1966) considerou várias espécies de Rhamdia, inclusive R. hilarii, como sinônimas de R. quelen.
4 Bockmann (1998), em sua tese de revisão dos Heptapteridae, considera Rhamdia microcephala e Rhamdia minuta como espécies dos gêneros Rhamdiopsis e Imparfinis, respectivamente.
5 Vari (1992) examinou os síntipos de Curimata albula estudados por Lütken e concluiu que a série consiste principalmente de espécimes de Cyphocharax gilberti, mas inclui também um exemplar de Steindachnerina elegans (Steindachner, 1974).
6 Castro (1990), em sua tese de doutorado, considera Prochilodus affinis um sinônimo de P. costatus.
7 Gery et al. (1987) examinaram os tipos de Leporinus obtusidens e L. elongatus e consideraram esta última como um possivel sinônimo senior de L. crassilabris Borodin, espécie que ocorre no Rio Jequitinhonha (aparentemente não no Rio São Francisco) e que não corresponde à espécie conhecida popularmente na bacia do Rio São Francisco como piau-verdadeiro. Dessa forma, automaticamente, o piau-verdadeiro deverá denominar-se por enquanto Leporinus obtusidens. Porém, como os autores não se manifestaram sobre o status dessa espécie no Rio São Francisco, esta identificação é duvidosa.
8 O gênero Serrapinnus foi recentemente criado por Malabarba (1998), cuja espécie-tipo é Cheirodon piaba.
9 Lima (2001), que está revisando o gênero Brycon, considera B. lundii um sinônimo de B. orthotaenia, confirmando, assim, as suspeitas do próprio Lütken (ver pg. 114 da presente obra).
10Nota da Tradução (NT): Museu Zoológico da Universidade de Copenhague (maiores detalhes podem ser encontrados no fascinante texto ``The history of the Zoological Museum, University of Copenhagen'', por Torben Wolff, em http://www.zmuc.dk/headweb/old-museum.htm).
13 Aqui é talvez o lugar mais apropriado para descrever algumas das regras que achei que deveria seguir na composição da descrição. O comprimento total dos peixes, quando não se menciona outro modo, eu o medi em geral da ponta do focinho (ou da parte mais saliente da mandíbula, quando esta se prolonga além da parte superior da boca) até a raiz da nadadeira caudal; e a determinação mais próxima desse ponto nos peixes de escamas é onde a cobertura de escamas termina no meio dos lados da cauda, embora exista a desvantagem de essa cobertura de escamas nos peixes da coleção às vezes não se prolongar igualmente nos lados da nadadeira caudal; nesses casos, para encontrar uma expressão simples para as proporções do corpo, ou porque o limite entre o corpo e a nadadeira caudal era mais difícil de se estabelecer com certeza, achei mais conveniente medir o comprimento total até o entalhe da nadadeira caudal, até a sua borda posterior ou até a sua ponta, o que é mencionado expressamente. O comprimento da cabeça é calculado sempre da ponta do focinho e, quando não for mencionado em contrário, até a abertura branquial, de modo que a borda de pele dos opérculos está incluída; medi os peixes de couro ou cascudos excepcionalmente até a ponta do escudo do crânio, o que está anotado. A largura da testa se mede por uma linha reta entre os olhos. Não é necessário dizer que o comprimento das nadadeiras dorsal e anal é medido ao longo de sua base e, portanto, é igual à distância entre o primeiro e o último raios, em linha reta. As escamas da linha lateral, contei-as naturalmente da forma tão completa quanto possível, ou seja, incluindo também as primeiras ou as últimas da série, sem considerar se elas poderiam ou não ter algum poro ou tubo; e as ``fileiras transversais'', não as conto até o início da nadadeira dorsal ou ventral, mas o número total no lugar onde ocorrem em maior número, até a fileira ímpar no meio do dorso ou do ventre, quando existir. Com relação à contagem de raios, para uma compreensão mais aguda dessa característica, fiz em geral diferença entre os raios com e sem bifurcação; seguindo uma prática comum, não considerei o primeiro raio duro rudimentar nas nadadeiras dorsais de bagres e bagres-de-couraça, apesar de ele estar claramente presente; e, do mesmo modo, ignorei também em outros peixes o primeiro rudimento de raio bastante insignificante das nadadeiras dorsal e anal, nas quais ele também está presente, mas tão escondido entre as escamas, que somente seria visível através de dissecação, pois é quase seguro que em geral ele é ou será omitido, e por isso gerará mais confusão considerá-lo que ignorá-lo; em parte, é pouco importante se esse rudimento é levado em conta ou não, pois o desenvolvimento e a presença desses raios rudimentares no início da nadadeira anal estão sujeitos a apresentar uma variação significante. O raio duro rudimentar mais externo na nadadeira ventral dos Characini, que somente com uso de força pode ser separado do primeiro raio não bifurcado que o antecede, tem de ser considerado como unido ou pertencente a este, e também não foi contado. Quando o último raio da nadadeira dorsal ou anal é dividido justamente na raiz, como se fosse um raio duplo, eu sempre contei como dois, sem me preocupar se talvez morfologicamente devesse ser contado como se fosse somente um; o contrário iria provavelmente levar a confusões. É difícil encontrar uma regra, com relação a esse ponto e a muitas outras dificuldades semelhantes, que satisfaça simultaneamente aspectos teóricos e práticos, e acho totalmente razoável que outros desaprovem ou desconsiderem as regras que segui por me parecerem mais convenientes. Embora freqüentemente eu também forneça o número de raios das nadadeiras peitorais, devo notar que em geral este varia demais, apesar de muito constante em longas séries de formas, para servir como uma característica da espécie, e o mesmo vale para a nadadeira caudal. Acerca da importância das demais nadadeiras neste aspecto, não se pode fazer generalizações. A variabilidade dos números em certas espécies às vezes causa tanta admiração como a sua estabilidade em longas séries de formas.
14 NT: Os diagnósticos em latim ( Sinopse ), assim como as citações feitas pelo autor, sempre reproduzindo-as no idioma original da publicação (inglês, francês, alemão ou latim), foram todos traduzidos para o português.
15 Novos Siluridæ e Characinidæ do Brasil central, loc. cit., pp. 29-36 e pp. 127-143.
16 2900 quilômetros de acordo com o cálculo de Halfelds (citado por Liais e Burton sem objeção reconhecida), sendo, dessa forma, o terceiro rio do Brasil e o 16o. da Terra. St. Hilaire dá um valor um pouco maior: ``quase 700 Lieues'', um pouco mais de 400 milhas dinamarquesas (Voyage aux sources du Rio S. Francisco et dans la province du Goyaz, Paris, 1847, I, p. 87). (Reinhardt)
17 A estimativa que deu esse resultado foi realizada por Reinhardt e revisada em 1867; ele comenta: ``este é, em todo caso, o número a que se chega, quando se somam os poucos peixes de água doce brasileiros registrados nos tratados ictiológicos mais antigos às espécies descritas por Cuvier em ``Mémoires du Muséum'', que o Gabinete em Ajuda (NT: o Real Museu e Jardim Botânico da Ajuda, fundados em 1792, por iniciativa do Marquês de Pombal, deram origem ao Jardim Botânico e ao Gabinete de História Natural da Escola Politécnica, mais tarde formalmente integrados no Museu Nacional de História Natural, estabelecimentos da Universidade de Lisboa, Portugal) cedeu ao Museu de Paris no início deste século, a todas aquelas oriundas das viagens e coleções de St. Hilaire, Spix, Natterer, Rob. Schomburgk, Castelnau e Cumberland, que enriqueceram a ciência, e finalmente a algumas poucas espécies descritas por Lichtenstein, Jenyns e J. Müller e Troschel. No número de espécies acima mencionado não estão incluídas duas de Murænidæ, que habitam estuários em água salobra e, dessa forma, não podem ser consideradas como verdadeiramente de água doce; também não estão incluídas as 4 espécies descritas por Filippi em ``Revue de Zoologie'' (1852, p. 164) de um afluente do Rio Amazonas,Rio Napó,no Equador''. Por outro lado, esse número deve ser aumentado de 3, considerando as espécies(Characini) do Pará descritas por Cope (mas não incluindo as numerosas espécies do Equador que esse ictiólogo e seu colega, Prof. Gill, descreveram em ``Proc. Amer. Phil. Soc.'' 1870 e em ``Proceed. Acad. natur. scienc. Philadelphia'' 1870 e 1872, nem as espécies da parte superior do Rio Amazonas descritas pelo Dr. Günther em ``Proc. Zool. Soc.'' 1868, pp. 229-247). Não foram levados em consideração os trabalhos mais recentes de Hensel e Steindachner sobre os peixes brasileiros. Naturalmente também não foram levadas em consideração nessa contagem possíveis reduções de espécies nominais, mas mesmo assim ela dará uma idéia aproximada da riqueza da fauna de água doce brasileira, pois resulta de um certo tempo de pesquisa. Reinhardt comenta ainda que, ``embora 388 (ou cerca de 400) espécies não seja um número pequeno, nosso conhecimento da ictiologia brasileira ainda está em sua infância, o que se evidencia numa comparação com a fauna dos rios de um país vizinho, a Guiana Britânica. Nesse sentido, Rob. Schomburgk comunica ter trazido 147 espécies e acredita ter perdido mais de 30 outras no decorrer de sua viagem; poderiam ser encontrados no mínimo 180 peixes de água doce naquele país, que de modo algum parece ter melhores condições para abrigar uma fauna mais rica do que a do Brasil, sendo quase 25 vezes menor que o país vizinho, que possui os sistemas fluviais mais poderosos da Terra''. Deve-se lembrar também que Wallace estima os peixes do Rio Negro em 500, e Agassiz em nada menos de 2000 para o Rio Amazonas! - este último número deve sofrer uma significante redução.
18 O Rio das Velhas deságua no Rio São Francisco 2 graus ao norte da cidade de Lagoa Santa, principal ponto de parada de Reinhardt; no local onde se une ao Rio S. Francisco (na Barra do Rio das Velhas) ele é somente um pouco mais estreito que este último; por outro lado, sua largura varia muito com o lugar e a época do ano; as pontes sobre ele têm de ser em vários lugares mais de 30-40 pés acima do nível mais baixo da água para não serem destruídas na época das chuvas. Reinhardt considera que a sua maior largura no trecho entre Sabará e Lagoa Santa pode ser estabelecida em pouco mais de 200 pés. A lagoa chamada Lagoa Santa possui, na avaliação de Reinhardt, um perímetro de aproximadamente uma milha e o seu maior diâmetro tem talvez pouco menos de meia milha. Sua saída, ``Sangrador'', deságua juntamente com um pequeno riacho a 2-3 milhas de Lagoa Santa; na época de seca a ligação entre o lago e o rio é interrompida. Dos afluentes do Rio das Velhas, pode-se mencionar os seguintes: Ribeirão do Mato, que entra no Rio das Velhas pelo oeste, pouco mais de uma milha ao sul de Lagoa Santa e passa, quando se vem de Santa Luzia para Lagoa Santa, cerca de uma milha e meia ao sul da cidade; Quebra, um riacho quase insignificante a pouco mais de uma milha de Lagoa Santa; Riacho do Sumidouro,que desaparece na caverna do Sumidouro, mas aparece de novo após o seu curso subterrâneo para desaguar no Rio das Velhas; Rio Taquaraçu, afluente do Rio das Velhas pelo leste, deságua neste um pouco ao norte de Lagoa Santa; no local onde Reinhardt o atravessou, a ponte tinha 80 passos. - Em razão das coleções levadas por outras pessoas aos museus de Londres e Paris, às vezes mencionamos ainda, no se que segue, o Rio Sabará, que do mesmo modo deságua no Rio das Velhas do lado leste, perto da cidade de Sabará. O Rio Cipó é um afluente do Rio Paraúna, que também pelo leste deságua no Rio das Velhas. Os peixes coletados neste último por Ch. Cumberland foram, na opinião de Reinhardt, possivelmente capturados na Fazenda Rotulo, perto da nascente do Rio Cipó.
19 Ficará claro, no que se segue, que, em virtude de certas dúvidas com relação à possível identidade de algumas espécies com outras anteriormente descritas, não se pode exigir uma precisão total nesses números.
20 Foi também dessa contagem que tiramos os números dados entre parênteses, que expressam o número de espécies brasileiras de cada família.
21 Quatro novas espécies dessa família foram posteriormente descritas do sul do Brasil (Arch. f. Naturg. 1868).
22 Dessas 13 famílias são típicos de água doce somente os Chromides, os bagres, os Characini, guarus, pirarucus, sarapós e peixes pulmonados; os demais são na realidade peixes marinhos com algumas formas representadas ou aclimatadas nas águas doces mais quentes; é compreensível que estas representem pouco na contagem. Em outras partes da América do Sul, aparecem ainda, além desses, alguns Symbranchii e Petromyzontes.
23 Com referência à afirmação do Prof. H. Burmeister, feita em seu trabalho ``Reise nach Brasilien'' (p. 414) - citada em outros trabalhos -, de que a fauna piscícola da pequena lagoa situada no vale do Rio das Velhas, Lagoa Santa, é completamente análoga à desse rio, possuindo 45 espécies, das quais 20 seriam de Siluridæ, o mesmo número de Characini, 4 de Gymnotini e 1 de Chromides - dados cuja origem está atribuída ao naturalista Dr. P.W. Lund, há longo tempo morador na região -, Reinhardt contesta sua veracidade e esclarece que o equívoco só pode se dever a uma completa má interpretação das palavras do Dr. Lund. ``Não existe qualquer Chromides na lagoa, e esta não possui de maneira nenhuma 45, mas no máximo 16 espécies, das quais 2/3 são Characini; os restantes são 3 Siluridæ e 2 Gymnotini; e, finalmente, a lagoa tem a maioria de seus peixes em comum com o Rio das Velhas, mas possui também algumas formas peculiares (Characini e Gymnotini), que até o momento não foram encontradas naquele rio (p.ex. Xiphorhamphus lacustris, Serrasalmo Brandtii, Tetragonopterus lacustris, nanos e gracilis, Characidium fasciatum, Carapus fasciatus e Sternopygus virescens). Algumas dessas aparecem também em pequenos riachos da região que têm ligação com o rio, mas não no próprio rio, do mesmo modo que existem umas poucas formas menores, que são conhecidas apenas em tais riachos, mas não ocorrem nem na lagoa nem no rio (talvez porque somente nesses locais essas espécies encontrem segurança contra a perseguição de peixes e outros animais predadores). Além disso, 16 espécies é por si só um número notável para uma pequena lagoa absolutamente insignificante, que não tem mais que 3 milhas de perímetro, e 45 espécies seria uma quantidade completamente desproporcionada para tal lagoa. Esse último número corresponde, por outro lado, ao número de espécies que Lund, na época em que o Prof. Burmeister o visitou, sabia que havia tanto nos rios como nos lagos da região onde vivia. Entretanto, até agora, nem nos rios foi encontrado qualquer Chromides.
24 ``Acarý'' é na realidade contração de ``Acará-y'' ou ``hy'' e significa água (ou rio), onde vivem ``Acarás''; é, portanto, um erro transferir essa denominação para um peixe. Com relação aos nomes populares relacionados a seguir, Reinhardt salienta que ``como estes pertencem à história dos peixes, ele reuniu as denominações dadas aos peixes existentes no vale do Rio das Velhas tão fielmente quanto possível. Muitas espécies aparecem sempre com os nomes que receberam dos habitantes originais; mas, em outros casos, os antigos nomes em Guarani, pelo menos nessa parte de Minas, desapareceram juntamente com as tribos a cujos idiomas pertenciam; e os imigrantes portugueses adicionaram nomes de peixes oriundos de sua língua materna, que freqüentemente pertenciam a peixes de sua costa natal com os quais os peixes brasileiros possuíam alguma semelhança, como ``dourado'', ``corvina''e vários outros, mas às vezes também nomes forjados para um peixe desconhecido, com base em alguma de suas características, como ``papa-terra'',``papa-isca'',``cascudo'' e outros do gênero. Penso poder garantir que os nomes mencionados são os comumente utilizados no vale do Rio das Velhas, mas que eles realmente sejam os corretos e que os nomes indígenas utilizados para os peixes sejam os originalmente dados, isso é outro caso que dificilmente pode ser decidido sem um estudo da língua guarani; existe, mesmo em regiões não muito distantes do Brasil, incerteza e dúvida no uso de vários nomes de peixes, e, para dar alguns exemplos, sempre se usa no vale do Rio das Velhas o nome ``piaba''indiscriminadamente para as espécies locais de Tetragonopterus, ao passo que nas margens do Rio Doce ouvi certas espécies de Leporinus serem chamadas do mesmo modo, e os Tetragonopterus lá recebem o nome de ``lambari'',que no vale do Rio das Velhas é dado a Characidium fasciatum; Natterer informa ainda que vários pequenos Chromides em ``Mato-Grosso'' são chamados ``papa-terra'', enquanto esse nome no Rio das Velhas, onde não aparece ciclídeo algum, é dado exclusivamente para uma espécie de Curimatus. Até numa mesma região, os nomes nem sempre são bem estabelecidos; usa-se, por exemplo, no vale do Riodas Velhas o nome ``pacu'' tanto para um Characini (Myletes micans) como para vários Siluridæ menores (dos gêneros Auchenipterus e Glanidium), embora nesses casos exclusivamente por mau uso, pois esses Siluridæ na realidade possuem outro nome (pacamão). Tais confusões são raras e normalmente são apenas devidas ao pouco uso e, portanto, só ocorrem com peixes pequenos menos conhecidos. Finalmente deve-se lembrar que vários nomes em guarani agora se usam indiscriminadamente para designar várias espécies pertencentes a um mesmo gênero, enquanto os originais pertenciam somente a uma única espécie, ou, em todo caso, se esses eram genéricos, uma outra palavra servia para denominar a espécie isolada'' (Reinhardt).
25 NT: Principal ilha da Dinamarca, onde fica Copenhague.
26 C.F.P de Martius: Selecta genera et species Piscium, quos in itinere per Brasiliam ann. 1817-20 colleg. et pingendos cur. J.B. de Spix. Digess. etc. L. Agassiz. 1829-31.
27 Cuvier et Valenciennes: histoire naturelle des poissons, vol. XIV-XV (1839-40).
28 Fr. de Castelnau: Expédition dans les parties centrales de l'Amérique du Sud etc. pendant les années 1844 à 1847. Part. VII. Zoologie. Poissons. (1855).
29 Günther: Catalogue of fishes in the British Museum, pt. V (1864).
30 Especificamente, além das 7 que se seguem: Rhinodoras niger(Val.), Loricaria nudiventris (Val.), Rhinelepisaspera Sp., PlecostomusCommersonii (Val.) (subcarinatus Cast.) e Pterygoplichthysduodecimalis (Val.): 1 Doradina e 4 bagres-de-couraça.
31 A saber: Plecostomus alatus Cast., Platystoma emarginatum Val. eorbignianum Val. (coruscans Spix?), Conorhynchus conirostris (Val.), Pimelodus maculatus Lac., Rhamdia Hilarii (Val.) e Pseudopimelodus charus (Val.).
32
loc. cit., Tomo XVIII, pp. 494.
33
NT: No sistema dinamarquês da época,
utilizado neste trabalho, usava-se, entre outras unidades de medida de
distância ou comprimento, o
pé, abreviado freqüentemente
com o símbolo ´,
a polegada, contida 12 vezes num pé e abreviada por
´´,
e a linha, representada por
´´´
e contida 12 vezes numa polegada. A polegada dinamarquesa corresponde a
2,615 cm, sendo, portanto, maior que a medida correspondente no sistema
inglês, que equivale a 2,54 cm.
34
Esse dado se dá em oposição aT.
punctulatus Val., no qual eles são fortemente curvados. (Veja
à frente.)
35
O número de raios das nadadeiras peitorais parece ser característico
dessa espécie; nas demais ocorrem sempre 8 ou 9. Os raios mais à
frente nas nadadeiras dorsal e anal, muito curtos e delicados, só
são vistos quando expostos, às vezes com certa dificuldade.
Não confio muito, portanto, que os números de raios dados
pelos autores para outras espécies de Trichomycterusestejam
absolutamente corretos. Aqui e no que se segue, eu contei os últimos
raios duplos das nadadeiras dorsal e anal como 2 (veja nota 13).
36
Sobre as diferenças sexuais e os aparelhos sexuais nesse gênero
podem ser consultadas as anotações de Kner em
``Sitzungsberichte
d. mathem. naturw. Cl. d. k. Akad. d. W.'', XVII, 1855, ``Ichthyologische
Beiträge'', pág. 159 (70).
37
Além destes, o Museu possui ainda um macho
de Trichomycterus de um marrom-violeta
escuro, uniforme (cor de chocolate), que o Prof. Reinhardt obteve do Prof.
Pöppig. Este deve ser o Pyg. dispar
de Tschudi - mas nesse caso eu não consigo assegurar -, pois essa
espécie é diferente de T. punctulatus. Nesta última,
o comprimento da faixa de espinhos do interopérculo, como nos T.
brasiliensis, é igual à distância entre as narinas
posteriores, os espinhos se situam em uma fileira tripla e são todos
encurvados; nos supostos T. dispar, o comprimento da faixa é
igual à distância dos olhos à ponta do focinho, seus
espinhos são muito numerosos e formam 4-5 fileiras; além
disso, somente os superiores são encurvados, sendo os inferiores
retos. Uma revisão crítica das espécies desse gênero
seria absolutamente desejável, mas exigiria certamente uma comparação
imediata dos exemplares-tipo.
38
Infelizmente essa proporção na
prancha III, fig. 8, não
foi retratada com fidelidade: o início da nadadeira anal ficou um
pouco à frente.
39
Existem outros exemplos em que essa formação (aparelho de
veneno?) pode ou não estar presente em indivíduos da mesma
espécie. Compare com o que segue sob
Platystoma
orbignianum.
40
Günther: Proc. Zool. Soc. 1868, p. 235.
41
Darwin: The descent of man and selection in relation to sex (1874).
vol. II. p. 11.
42
Apesar de não estar relacionada com nenhuma dificuldade de decidir
a que sexo um bagre pertence, não consegui uma completa clareza
nesse aspecto, em parte porque as vísceras não estavam bem
preservadas. Mas, mesmo que seja uma pista que o exemplar sem barba é
uma fêmea e os 3 exemplares barbados, machos, não estaria
ainda provado, rigorosamente falando, que eles são machos e fêmea
da mesma espécie. O pescador que trouxe a Reinhardt um desses bagres-de-couraça
barbados contou-lhe que havia encontrado dois exemplares barbados (dos
quais um escapou) juntamente com uma grande quantidade de filhotes em um
buraco no leito do rio; mesmo que esse relato seja verdadeiro e não
prove absolutamente nada, ele não é suficiente, como Reinhardt
chama a atenção, para confirmar que as formas descritas correspondam
a macho e fêmea da mesma espécie.
43
NT: ``vix'' aqui siginifica ``dificilmente'': o autor tem dúvidas
se o
Plecostomus lima
(Rhdt.)
poderia ser o
Plecostomus Robini
Günther
, mas ``dificilmente'' seria o de Val.
44
Errata do autor: Esse tamanho é pequeno demais para o Plecostomus
lima; um exemplar doado posteriormente ao Museu, enviado pelo Dr. P.W.
Lund, possui quase 8 polegadas de comprimento.
45
Ao se usar esse critério, obtém-se o seguinte agrupamento
dos
Plecostomus típicos:
46
Já me pronunciei sobre a substituição do nome Plecostomus
por Hypostomus em outro lugar (Videnskab. Meddel. fra den Naturh.
Forening, 1873, p. 211).
47
Devo salientar, entretanto, que no mínimo uma espécie (Macrodon trahira:
veja a seguir) ocorre em ambos os lugares.
48
O comprimento da cabeça é, como salientado anteriormente,
mais prático de se medir nos bagres-de-couraça do meio do
focinho até a nuca, ou seja, até a ponta do crânio,
não como normalmente é feito, até a parte mais distante
da abertura branquial.
49
Naturalmente aqui, como em todos os outros Hypostomina,
dever-se-ia escrever D.: 2.7 etc.; mas é cada vez mais aceito
e adotado não considerar o primeiro raio, totalmente rudimentar,
situado logo à frente, chamado raio duro da nadadeira dorsal (ver
nota 13.)
50
Archiv f. Naturgeschichte, ano XXXIV, vol. 1 (1870) p. 73.
51
Videnskabelige Meddelelser fra den naturhist. Forening de 1873,
p. 211.
52
Esta foi mais tarde descrita e retratada a partir de exemplares do Rio
São Francisco por Steindachner, mas sem referência ao meu
diagnóstico da espécie em ``Vid. Selsk. Oversigter''
(Wien. Sitzungsb. vol. LXXI, p. 10, prancha 4). O Sr. Steindachner
recebeu essa publicação a tempo de poder retirar o nome que
ele deu à espécie, de corrigir e adicionar aquilo que eu
cheguei a usar na caracterização, sem entretanto adicionar
qualquer outra referência.
53
Günther assinala 7 raios na nadadeira ventral como característica
das espécies de Doras; D. marmoratus
tem, porém, apenas 6, assim como D. cataphractus,
que além disso tem somente 1.5 (e não 1.7) raios na
nadadeira dorsal (constatado em vários exemplares). Todas as outras
espécies têm, segundo o que se assinala e o que eu mesmo encontro
em D. costata (2 exemplares): D.: 1.6; V.: 7.
54
NT: Apesar de dificilmente poderem ser consideradas como padrão,
as cabeças dos alfinetes modernos possuem cerca de 1 mm de diâmetro,
enquanto os mais finos produzidos por volta de 1900 na Dinamarca possuíam
cabeças menores, com cerca de 3/4 mm.
55
Tanto essa observação como a anterior, sobre o posicionamento
dos barbilhões no peixe vivo na água, me parecem ter interesse
como contribuição para o esclarecimento do modo de vida dos
bagres, apesar de que, ou, mais corretamente porque, tais comportamentos,
pela mesma razão, talvez ocorram em muitas outras espécies.
56
De acordo com Kner: ``Ichthyologische Beiträge'' (Sitzungsb. d.
mathem. naturw. Cl. d. kaiserl. Akad. d. Wiss., vol. XXVI, 1857, p.
428.). Compare também com desenho
de autoria de Han.
57
Uma anotação do Dr. P.W. Lund descreve sua cor da seguinte
forma: ``Ele é marrom-acinzentado na parte de cima e branco na de
baixo. Atrás do opérculo, de cada lado, tem uma mancha escura
arredondada muito grande, com pontinhos mais claros por cima. Em volta
da base da nadadeira dorsal tem uma mancha similar, ao longo dos lados
do dorso, duas grandes manchas alongadas e escuras. A proteção
óssea da cabeça é belamente dividida em grandes campos
regulares por linhas mais claras. As nadadeiras ventrais têm uma
faixa preta transversal ao longo de sua borda posterior, sendo o restante
amarelado, assim como a borda da mandíbula e os barbilhões.
A nadadeira anal, assim como a nadadeira caudal, é artisticamente
marmoreada de marrom em direção à sua borda externa''.
58
É quase desnecessário notar que esse segmentado ``prolongamento
de pele'', que sempre se encontra na ponta dos chamados ``raios duros''
dos bagres (mas que na verdade é bastante insignificante na maioria
dos casos, quando o ``raio duro'' é relativamente grande e forte),
na realidade é a parte não ossificada do raio, e que sua
parte ossificada (``raio duro'') continuamente cresce e preenche segmento
por segmento a ponta de pele que se transforma no ``raio duro'', em cuja
parte superior a linha limite inclinada entre os segmentos é facilmente
visível. A ``ponta perfurante'' do ``raio duro'' origina-se justamente
do fato de os segmentos formarem um ângulo agudo com o eixo do raio.
Também a formação da serrilha está relacionada
com essa segmentação, já que um par de dentes (quando
o raio é dentado de ambos os lados) corresponde a cada segmento;
de acordo com Kner: ``Über den Flossenbau d. Fische'' (``Sitzungsber.
d. k. Akad. d. Wiss.'', XLII, p. 240). De fato, dever-se-ia incluir
essa parte não ossificada quando se mede o raio duro e se determina
seu comprimento em relação a outras partes do corpo; mas
esse procedimento encontra dificuldades nos casos em que a parte não
ossificada é muito desenvolvida e alongada, em forma de uma fita,
como, por exemplo, em Ælurichthys.
59
Compare com a prancha III, fig. 5,
que representa um macho.
60
De acordo com Kner, idem ibidem, p. 434.
61
Ver o relatado para
Pseudorhamdia lateristriga.
62
Um ajuntamento de casas a algumas milhas de Lagoa Santa.
63
Kner: Sitzungsb. d. k. Akad. Wiss., 1857. ``Ichthyologische Beiträge'',
p. 398. Outros exemplos encontram-se nas espécies deClarias,
nas quais a diferença individual pode ser ainda maior.
64
Chama-se a atenção para isso, porque essa característica
do gênero: ``nadadeiras ventrais situadas atrás da nadadeira
dorsal'' não é constante; em P.Vaillanti
elas estão abaixo dos últimos raios da nadadeira dorsal,
assim como em Platystomatichthys.
66
NT: 18 libras dinamarquesas; 1 libra dinamarquesa = 500,45 gramas. 9kg
é considerado pouco para a espécie. Pode ter havido um erro
tipográfico e faltado um ``L'' à frente do símbolo,
o que tornaria a unidade em ``lispund'' (L ),
medida de peso originária das terras ao norte da Lituânia,
na costa do Mar Báltico, equivalente a 8kg. Essa unidade podia ser
utilizada como medida oficial na Dinamarca até 1861. Nesse caso,
o exemplar teria a biomassa de 144kg, compatível com os maiores
exemplares da espécie.
67
Isso seria difícil para a fêmea; mais compreensível
seria se o macho o fizesse, apesar de não se poder compreender bem
como a fertilização aconteceria - a menos que, como alguns
afirmam, ela aconteça através de cópula.
68
Arius fissus (Caiena), Günther,
``Catal. of fishes'' V. (1864) p. 172; A.Boakei e Layardi
(Ceilão): ``Journal of Anatomy and Physiology'' vol. I (1867);
``Annals of natural history'' dezembro 1866, p. 473 (Turner, Boake
e Günther); A.barbus Lac. (Sul
do Brasil): ``Archiv f. Naturgeschichte'' 1870, p. 70 (Hensel);
4 espécies de Bagrus- (Nota do
Autor: Arius ?) do Suriname (indeterminadas): ``American Journ.
of Science'' vol. 76, 1859 (Wyman);A.
subrostratus, gagora, sumatranus e Osteogeneiosusmilitaris
(Índia): ``Proc. Zool. Soc.'' 1873, p. 70 (Day). Até
agora existe somente a anotação histórica de que Bloch
(``Allg. Natur. d. Fische'', XI, p. 18) já encontrara em
Ageneiosusmilitaris
a boca cheia de ovos amarelos e, interpretando o fato indubitavelmente
de modo correto, ele informou que esse bagre - que não pertence
ao grupo dos Ariina, mas ao dos Doradina
- estava com seus ovos na boca para protegê-los dos predadores. O
relato de Schomburgk (Fishes of Guyana, I, pp. 114 e 194) sobre
um grandeSiluridæ com 10-12 pés
de comprimento, chamado ``lau-lau'' - provavelmente um Platystoma
-, cujos filhotes nadariam em grandes cardumes em torno de sua grande cabeça
e, sob perigo iminente, imediatamente procurariam abrigo em sua grande
boca, deve, pelo mesmo motivo, ser encarado com suspeita o fato de os filhotes
eclodirem no ventre materno, onde se poderia encontrá-los com um
embrião tão desenvolvido que olhos, boca e nadadeiras são
reconhecíveis. Com isso, deve-se lembrar que Kner (``Über den
Flossenbau d. Fische'',
Sitzungsb. d. Akad. d. Wiss. Viena, vol.
LXI, p. 814) em determinadas ocasiões menciona que ele recebeu do
Museu de Hamburgo crias de um Pimelodus
``vivíparo'' do Brasil.
69
Percebi depois que Kner usou esse nome para uma subdivisão hipotética
de Arius: as espécies que no palato somente possuem dentes
no vômer. Mas tais espécies parecem não existir e há,
portanto, somente uma pequena probabilidade de que venha a ser usado no
grupo Arius, mesmo que se possa achar natural - com o que absolutamente
não concordo - dividir o gêneroArius,
que na minha opinião é um dos mais naturais que existem.
70
Mostrei em outro lugar (Vid. Medd. f. d. naturh. Foren. 1874, p.
192) que Piramutana piramuta
provavelmente é genericamente diferente de Pseudariodes
e que as espécies do norte e do sul desse gênero foram fundidas
em uma só com o tempo. Os Bagropsis são, todavia,
mais diferentes de Piramuta que de
Pseudariodes.
71
NT: Irissanga é localidade do Estado de São Paulo, na
bacia do Rio Grande.
72
O que me deixa mais inseguro nesse aspecto é que encontrei no Museu
3 filhotes (de 2 1/2 até perto de 4 polegadas de comprimento) de
uma espécie de Pimelodus do
Rio da Prata - eles foram trazidos pelo falecido
Prof. Krøyer, que, entretanto, cometeu o erro de misturá-los
ao seu próprioP.Valenciennis
- e, ao comparae esses exemplares que, todavia, devem ser considerados
como pertencentes ao verdadeiro P.maculatus,
com o exemplar mais jovem dos exemplares brasileiros, encontrei várias
diferenças que não podem ser atribuídas ao fato de
serem jovens. Eles têm dessa forma 11 (1.10) raios nas nadadeiras
peitorais e dois deles 13 (4.9) raios na nadadeira anal (o terceiro 12:
4.8); e todos três têm o processo escapular com outra forma
e outra escultura (estriada, não granulada). Que o raio duro da
nadadeira peitoral também à frente seja nitidamente serrilhado
é mais uma diferença de idade que de espécie. É,
portanto, possível que uma comparação imediata de
grandes exemplares das bacias do São Francisco
e do Prata levem à conclusão de que duas espécies
bem distintas habitam cada uma destas. Por enquanto, porém, é
preciso ater-se à determinação dada.
73
A figura de D'Orbigny, que mostra que a altura é relativamente ainda
maior, deve ter sido feita com base em um exemplar ainda mais velho. De
acordo com D'Orbigny, ele alcança apenas 15 polegadas de comprimento.
74
Suas características seriam então:
Cabeça em forma de capacete, granulada; processo occipital atingindo
o escudo pré-dorsal (osso interespinal em forma de sela); raio duro
da nadadeira dorsal forte, rígido.
75
Os exemplares maiores de Hensel eram um pouco menores que os nossos maiores:
3 1/3 polegadas sem a nadadeira caudal (com esta, um pouco mais de 4 polegadas).
De que parte do Brasil são os exemplares do Museu de Londres não
foi informado.
76
Provavelmente Amuyuca, que deságua no Maranhão um pouco abaixo
do Rio Napo,entre este rio e a cidade de Pebas, no
território peruano.
77
Hensel obteve no Guaíba e seus afluentes
um peixe que ele denomina ``Pimelodus
sapo ? Val.'', lançando a questão se esta espécie
e P.Hilarii não deveriam
ser fundidas. Deve-se notar aqui que Hensel relata que a maxila inferior
é um pouco mais curta que a superior (o que acontece em P.Hilarii
nob.), enquanto, de acordo com Valenciennes, o contrário deveria
ocorrer com P.sapo (que, por outro lado, não parece ajustar-se
à ilustração no trabalho das viagens de d'Orbigny,
Prancha II, fig. 7). O dado de Hensel sobre o tamanho dos olhos (um quarto
da distância entre eles) está mais de acordo com P.sapo
(1:3 1/2, Val.) do que com P.Hilarii
(1:2 a 2 1/2 ). Com isso não
aceitarei de modo algum a possibilidade de que a proposta de Hensel possa
ser correta. Seu maior exemplar (12 1/2 polegadas sem considerar a nadadeira
caudal) era bem maior que o maior
P.Hilarii do Rio das
Velhas. De acordo com a observação de Hensel, ele permanece
em buracos nas margens e somente sai à noite, quando é capturado
com ganchos.
78
Os números entre colchetes ([ ]) ocorrem raramente.
79
Uma outra anotação diz assim: ``na parte de baixo a cor é
branco-madrepérola, ao longo do dorso e dos lados, acinzentada;
mas o muco amarelo que recobre o peixe esconde a cor quase completamente.
O corpo é às vezes repleto de pintinhas escuras, que às
vezes não existem, a não ser na longa nadadeira adiposa,
que mostra fracos traços destas; entretanto, também podem
não existir ali. As nadadeiras dorsal, caudal e peitorais são
amarelas, as nadadeiras ventrais e anal branco-amareladas; a córnea
é prateada''.
80
A única espécie conhecida com semelhante número de
raios na nadadeira anal é Pimelodus
notatus Schomb.; em outros aspectos praticamente não existem
semelhanças entre elas.
81
Somente 1 de 4 exemplares possui D.: 1.5; um outro A.: 5.11;
os demais D.: 1.6 e A.: 5.13; dois possuem P.: 1.7;
dois 1:8.
82
Também aqui ocorre o número 6 três vezes e o número
5 somente uma vez.
83
O comprimento da cabeça é curto demais pelos dados de Valenciennes
porque ele o mediu na figura (em projeção), o que, em virtude
de sua grande largura na frente, faz uma clara diferença.
84
Como nos verdadeiros P. bufonius
(não 6); esta espécie tem colorido um pouco diferente,
nadadeira adiposa um pouco maior, etc. As listras transversais escuras
descritas acima são, por outro lado, encontradas em um par de jovensPseudopimelodus
da Venezuela (D.: 1.5; dentes excepcionalmente fortes ao longo de ambos
os lados do raio duro das nadadeiras peitorais - talvez apenas uma característica
de jovem?) sendo portanto, talvez, um carácter juvenil para todo
o gênero.
85
Estas são: Parodon Hilarii
R.,Characidium fasciatum R., Piabina
argentea R., eCynopotamus (Rboides)
xenodon R.
86
Ou seja: Macrodon trahira Sp.,Prochilodus
argenteus Sp., Leporinus
elongatus Val.,Salminus Cuvieri
e Hilarii Val., juntamente com Serrasalmo
(Pygocentrus) piraya Cuv.
87
Crenuchina, do qual somente se conhece
1 espécie da Guiana (a outra é africana), é o único
dos grupos sul-americanos de
Characini que falta nas águas
de que tratamos aqui.
88
As espécies que ali vivem e que não se conhecem no Rio das
Velhas são: Characidium fasciatum,Tetragonopterus
lacustris,Tetrag. gracilis,Xiphorhamphus
lacustris,Serrasalmo Brandtii.
89
Parodon Hilarii,
Characidium fasciatum, Chirodon
piaba, Piabina argentea.
90
A espécie fica, entretanto, um pouco maior na Lagoa Santa; o ``British
Museum'' possui um exemplar de ``M.
intermedius'' com 21 polegadas, e D'Orbigny viu um ``M.
auritus'' de mais de 18 polegadas.
91
Erythrinus brasiliensis Ag.
também não é outra espécie distinta. Agassiz,
aparentemente, teve apenas um exemplar empalhado de cada uma de suas 3
espécies, para estudos. Não há maior razão
para fazer aqui uma crítica mais profunda à descrição
dessa espécie. Como dois desses exemplares expressamente vieram
do São Francisco, dificilmente poderá haver dúvida.
- Entretanto, como tanto Günther quanto Valenciennes, em suas descrições,
informam que os dentes palatinos frontais apresentam uma pequena parte
separada, acrescento que não consegui confirmar isso; a parte frontal
menor desses dentes continua sempre sem interrupção até
a parte maior de trás.
92
De acordo com Steindachner, loc. cit., volume LXIX, p. 27, também
ele une M. intermedius com M. trahira.
93
Das espécies descritas do Rio São Francisco, etc.,Brycon
Hilarii Val. eErythrinus unitæniatus
são as únicas que, com certeza, posso afirmar que Reinhardt
não trouxe. Entretanto, mesmo com relação a Myletes
(tometes) altipinnis, a qual ainda penso deveria ser considerada separada
na lista de peixes de água doce deste distrito (veja o final deste
trabalho), não estou completamente certo de que talvez se mostre
injustificada.
NT: Esta nota aparece na página 182 do original
e não na página 184, sua posição correta.
94
Os números entre colchetes ([ ]) representam casos mais raros.
95
Considero que as primeiras escamas sem poros da série de escamas
da linha lateral não são consideradas por Günther; somando-se
2 ou 3 aos dados desse autor, obtêm-se números que coincidem
com os máximos e mínimos apresentados acima ou se aproximam
deles.
96
De acordo com Steindachner (loc. cit.),M.
patana eaimara Val. de Caiena
e provavelmenteM. teres V. (Maracaíbo)
também não são espécies diferentes de M.
trahira, e M. micropelis da
América Central talvez seja somente uma subespécie local;
em outras palavras: conhece-se somente uma espécie segura no
gênero Macrodon.
97
Uma espécie de Trinidad recebeu mais tarde o nome argenteus
(Gill.). Sobre o nome de gênero Anodus ver o que anotei em
outro lugar (Vidensk. Medd. fra den naturhistoriske Forening 1974,
p. 225).
98
O raio externo rudimentar, que nos demais Characini
é tão insignificantemente pequeno, é aqui um pouco
mais desenvolvido; dever-se-ia, talvez, contar 2+8=10. Em todo caso, dificilmente
se dará peso para o fato de essa espécie ter 9 ou 10 raios
na nadadeira ventral.
99
Os dois últimos poderiam também ser contados como somente
um raio profundamente fendido; o raio duro, rudimentar, escondido entre
as escamas, não foi contado.
100
(Nota posterior) Depois de ter recebido a nova descrição
de Steindachner de Curimatus Gilberti
(espécie que ele considera sinônima de C.
voga H.), desconfio que a forma encontrada no Brasil central (C.
albula) mostrar-se-á, com quase toda certeza, idêntica
à do sul do Brasil. Como Steindachner pôde examinar muitos
exemplares dos rios do sul do Brasil e encontrou que o número de
escamas na linha lateral é variável de 37 a 41, ao mesmo
tempo que relata que as nadadeiras ventrais são fixadas um pouco
atrás do início da nadadeira dorsal, aparentemente isso anula
minhas próprias razões para mantê-las separadas. Entretanto
é estranho que a forma do sul brasileiro fique tão maior
(8 1/2 polegadas) que a de Minas Gerais. Como uma comparação
direta entre exemplares do Brasil meridional e central não foi feita,
ainda não quis mudar o nome pelo qual esta espécie foi resumidamente
caracterizada em ``Vid. Selsk. Overs.'' de 1874.
Um Hemiodus no Rio da Prata.Não
vou deixar de mencionar que se encontra no Rio da Prata uma espécie
de Hemiodus até agora não descrita. Sob o nome algo
estranho, ``Leuciscus'' e ainda com a inscrição
``janeiro de 1841, Rio da Prata'', feita pelas mãos do falecido
Prof. Krøyer, encontrei há pouco tempo, por acaso, no depósito
do antigo Museu Real de História Natural um pequeno vidro que continha
dois Characini. Um deles tem de classificar-se
no gênero Hemiodus; possui o comprimento de 30 mm (até
a nadadeira caudal), do qual a cabeça, que é um pouco maior
que a maior altura do corpo, representa exatamente um quarto. Não
há quaisquer dentes na parte de baixo da boca, mas na de cima, de
cada lado, há 5 dentes largos de raiz fina, de perfil reto
em direção à raiz, finamente serrilhados na coroa
ovalada mais larga. Possui 42 escamas na linha lateral e 4 acima e 5 abaixo
dela mesma na parte da frente do corpo (além daquelas da linha mediana
acima e abaixo). As nadadeiras ventrais situam-se abaixo do último
raio da nadadeira dorsal. Número de raios: D.: 7; V.: 8; A.: 8.
As escamas não possuem estrias onduladas nítidas em sua parte
exposta, mas possuem, por outro lado, uma escultura própria de finas
linhas inclinadas, que na parte superior das escamas correm paralelas para
baixo e para trás, e na sua parte inferior na direção
oposta, de modo que elas se encontram parcialmente em ângulo na linha
do eixo da escama. O pequeno peixe não apresenta qualquer desenho.
Como se trata claramente de um jovem, e só tenho um exemplar disponível,
não vou dar qualquer nome de espécie ou descrevê-lo
detalhadamente, mas apenas aproveitar esta oportunidade para chamar a atenção
para o fato de que o gênero está bem mais representado ao
sul do que se sabia até agora.
101
P. asper (Vid. Medd. fra den
naturhist. Forening 1874, p. 226).
102
``Em lugares onde o rio tem uma pequena queda, faz-se uma represa de gravetos
e galhos, na qual se deixa somente uma abertura de 3-4 pés; abaixo
desta prende-se uma grande caixa com o fundo de treliça, na qual
os peixes que nadam com o fluxo do rio pela abertura, ficam presos e são
capturados, já que não conseguem voltar subindo a corrente
de água em queda que derrama na caixa. Onde o curso normal do rio
não facilita o uso desse equipamento, faz-se uma represa mais sólida,
e cria-se uma queda dágua artificial, uma vez que a água
acumulada, pelo menos no tempo das chuvas, não encontra saída
suficiente nos muitos furos e fendas da represa'' (R.)
103
Encontro 41 também em uma metade de pele de um L. elongatus
do Rio São Francisco, que Reinhardt trouxe.
104
Entretanto, cumpre-nos lembrar aqui que à frente das nadadeiras
dorsal e anal existe um rudimento insignificante de raio, que não
quis contar; e que o último raio completamente bifurcado nessa nadadeira
foi contado como dois. Além disso, existe na base do raio externo
da nadadeira ventral um rudimento ou uma farpa, que com a ajuda de uma
faca pode soltar-se desse raio que eu contei como o primeiro. Não
posso, de acordo com as regras seguidas aqui, contar esse rudimento como
um raio independente; se este raio rudimentar é contado (como sem
dúvida freqüentemente aconteceu com outrosCharacini),
a espécie tem, obviamente 10 raios na nadadeira ventral.
105
Reinhardt adiciona: ``por outro lado, parece que, de acordo com Prindsen
af Wied (``Reise nach Brasilien in den Jahren 1815 bis 1817'', segundo
vol., p. 342, oitava edição), na Província da Bahia
denomina-se uma das espécies manchadas de preto com este nome''.
106
Este nome foi dado por Günther, nesse ínterim, a uma outra
espécie e não poderia, dessa forma, ser utilizado aqui.
107
Em um exemplar mais jovem do Rio São Francisco,
essas manchas são, todavia, muito pouco nítidas.
108
O que foi salientado sobre os raios rudimentares e bifurcados em L.
elongatus, naturalmente, também vale para esta espécie.
109
De acordo com Castelnau (loc. cit., p. 58, prancha 29, fig. 1) esta é,
todavia, uma espécie distinta,L.
bimaculatus.
110
O número de raios no verdadeiro L. Frederici é o mesmo
que no peixe do Rio das Velhas (L.
Reinhardti m.).
111
As ilustrações no trabalho da Viagem de D'Orbigny não
esclarecem nada, pois claramente, em ambos os casos, as escamas foram desenhadas
demasiadamente pequenas e muito numerosas.
112
As ilustrações mostram (!)
dentes nosL. acutidens,
nos
L. obtusidens.
113
Hensel menciona um peixe, que ele considera L. obtusidens, como
muito comum em Porto Alegre; mas seu exemplar
estava tão ruim, que uma determinação mais precisa
não foi possível.
114
De acordo com D'Orbigny, L. obtusidens no Rio da Prata deveria alcançar
um comprimento de 26-27 polegadas.
115
Com todo respeito ao cuidado e precisão do Dr. Günther, eu
estaria inclinado a supor que aqui se cometeu um engano, pois nenhum Leporinus
que eu conheça possui tão poucas fileiras de escamas, não
fosse o caso do Prof. Peters (``Berl. Monatsber.'' 1868, p. 455)
ter descrito resumidamente um Leporinus macrolepidotus,
do Rio de Janeiro, do mesmo grupo do presente com respeito à cor
(a faixa preta situa-se aqui acima da linha lateral), mas com somente três
fileiras de escamas acima e duas abaixo da linha lateral; existem 35 escamas
nesta, mas o número de raios é incomum (D.: 10; A.: 8).
116
Não se pode obviamente esquecer que à frente das nadadeiras dorsal
e anal existe um rudimento de raio duro escondido entre as escamas, e
que o raio não bifurcado mais externo da nadadeira ventral tem um
pequeno rudimento semelhante na sua base, assim como as demais
espécies de Leporinus.
117
Hist. nat. d. Poissons, vol. XXII, p. 31; Expédition
etc., Poissons p. 58, prancha 29, fig. 2.
118
Ichthyologishche Beiträge z. Fam. d. Characinen, I. p. 172 (36), tomo VIII, fig. 19.
119
Hist. nat. d. Poissons, XXII, pp. 33-34; Expédition,
Poissons, p. 59, prancha 29, fig. 3.
120
Sobre as dificuldades e os aspectos pouco satisfatórios relacionados
com a caracterização deste gênero, o Dr. Reinhold Hensel
já se pronunciou em
relação às espécies sul-brasileiras (Archiv f.
Naturgeschichte, XXXVI, vol. 1, p. 82).
121
Annals of the Lyceum of Natural History of New York, vol. VI.
1858, p. 60 (separata).
122
Ainda nos menores indivíduos disponíveis
(7 1/2´´´,
nadadeira caudal incluída),
a mancha da região escapular e a da cauda são nítidas. Quero
ainda registrar
que nestes a altura é um terço do comprimento total (até a
nadadeira caudal), o diâmetro dos olhos quatro nonos do comprimento
da cabeça, e que a metade de trás da linha lateral é mais ou menos
invisível. Mesmo em indivíduos de 1 1/2 polegada
de comprimento, a maioria das escamas não tem estrias sulcadas,
algumas têm uma ou duas.
123
NT: ``Autt.'' aqui significa ``dos autores''; com referência ao
nome
Tetragonopterus fasciatus usado correntemente por vários
autores.
124
Este exemplar mostrou-se no geral algo duvidoso, pois achei somente 37
escamas na linha lateral e 21 raios bifurcados na nadadeira anal -
em ambos os casos, abaixo do número mais comum.
125
Não vou me furtar a destacar que, neste pequeno curso d'água, vivem no
mínimo 4 espécies de Tetragonopterus. Dos 3 exemplares
conservados
na coleção de Reinhardt, que estavam marcados ``Olhos D'água
5/2/52'', dois eram T. Cuvieri
e o terceiro T. rivularis; dos 15 exemplares capturados no mesmo local dois dias
depois, 14 eram T. rivularis e 1 T. lacustris. 12
exemplares de T. nanus estão, do mesmo modo, marcados ``Olhos
D'água 5/2''. Entretanto, não tenho dúvidas de que a descrição
de colorido elaborada por Reinhardt
foi feita a partir de um T. Cuvieri.
126
NT: ``mihi'' (ou simplesmente ``m.'', como no final da nota de rodapé
128) significa ``meu'', dativo singular
de ego, significando, no caso, o nome que ele, Lütken, deu à
espécie.
127
Disso, dever-se-ia concluir que os ``T. fasciatus'' (``Expédition
etc., Poissons'', tomo II, 1855, p. 66, prancha 32, fig. 2) do
Araguaia e Tocantins, de 5-6 cm de comprimento, deveriam ser da mesma
espécie que aquela do Rio São Francisco, ``T. fasciatus
Val.'' Mas esta se mostra, porém, diferente.
128
``Zoology of the Voyage of H. M. S. ``Beagle'''', parte IV,
Fish (1842),
p. 125, prancha 23, fig. 2. Como esta espécie é muito próxima
de T. Cuvieri, quero comunicar aqui uma nova descrição dela,
a partir de exemplares trazidos pelo falecido Professor Krøyer do Rio
da Prata. O maior deles possui quase 5 1/2 polegadas de
comprimento, ou seja, não pouco maior que o maior dos T.
Cuvieri.
A altura é contida de 2 2/3 -3 vezes no comprimento total
(até a nadadeira caudal), o comprimento da cabeça aproximadamente
4; o diâmetro dos olhos cabe 3-3 1/2 vezes no comprimento da
cabeça e é igual ou algo maior que a menor distância contida
entre eles, através da testa que é fortemente arqueada. Existe
freqüentemente uma fraca depressão do perfil, no limite entre o alto
do
crânio e a testa. A nadadeira dorsal começa, como de costume, a
meio caminho entre a ponta do focinho e a nadadeira caudal, mas um pouco
atrás do suporte das nadadeiras ventrais; sua altura é, em geral, um
pouco menor (em um dos exemplares disponíveis, excepcionalmente
maior) que o comprimento da cabeça e, do mesmo modo, menor que sua
distância da nadadeira adiposa e que o dobro do tamanho desta.
O comprimento da nadadeira anal é maior que o da cabeça, sua
altura (paralelamente aos primeiros raios bifurcados) quase a
metade (às vezes acima disso) de seu próprio comprimento. As
nadadeiras peitorais não alcançam as ventrais, e
estas não alcançam a nadadeira anal; nos exemplares de tamanho
médio, ambos
os pares de nadadeiras são relativamente mais longos, de modo que as
peitorais alcançam as ventrais e estas
quase até a nadadeira anal. Contam-se 38-40 escamas ao longo da
linha lateral completa, 6-7 acima e 7 abaixo da mesma na parte anterior
do corpo; em algumas escamas existem, dependendo de sua posição
pelo corpo, 7-13 estrias sulcadas; nos indivíduos mais jovens
muito menos, como de costume. O estreito osso maxilar
não alcança, nos indivíduos mais velhos, além de uma
linha vertical traçada da borda anterior dos olhos; mais
freqüentemente ele contém em
sua superfície interna, mais próximo de sua extremidade superior,
2 dentes pequenos. Em geral, o número de dentes
é o de costume: existem 4-5 na fileira externa e 5 na
interna de cada intermaxilar, 4-5 grandes e uma
série de pequenos em cada metade da maxila inferior, e assim
por diante. Número de raios: D.: 2+9; P.: 13; V.: 8; A.: 29-35
(3-5 + 25-30). A faixa lateral branca e a listra escura na
nadadeira caudal são nítidas; ao contrário, a mancha na região
escapular
é perceptível somente quando não há escamas no local.
Entretanto, apesar de Steindachner (loc. cit. p. 10) atribuir a
T. rutilus (de Montevidéu) um
número médio de raios na nadadeira
anal (25-30) e de escamas (37-38) menor do que eu encontrei, e não
mencionar os dentes do maxilar, considero que
ele também teve o verdadeiro T. rutilus em mãos. Posso
também fazer referência à descrição de Hensel (Archiv f.
Naturg. XXXVI, p. 80, 1870), que em tudo considero estar de acordo com a
forma coletada por Krøyer, à exceção de pequenos detalhes
que facilmente podem ser atribuídos a variação individual.
Como Hensel também menciona o peixe como desdentado no maxilar,
é de se pensar que esses dentes tenham sido contados
junto com os do intermaxilar, já que não
percebeu que o sexto dente, na realidade, está no maxilar.
Seu maior exemplar do Guaíba, perto de Porto Alegre, é, no
mínimo, 1/2 polegada maior que o maior exemplar do
Museu, vindo
do Rio da Prata; a espécie fica, portanto, não pouco maior que
aquela forma oriunda do Rio das Velhas, de acordo com D'Orbigny
(Valenciennes, loc. cit.), mais que o dobro do tamanho.
Entre os 7 exemplares de T. rutilus trazidos pelo Prof.
Krøyer, havia também um pequeno exemplar
(13/4´´
de comprimento) de uma forma com
somente 20 raios na nadadeira anal (3+17), 10 (2+8) raios na nadadeira
dorsal e 39-40: escamas e, ainda, não menos que 3
pequenos dentes em cada osso do maxilar. Trata-se,
claramente, da espécie que Steindachner (loc. cit.) considera ser
o verdadeiro T. fasciatus
(Cuv.) e descreve e retrata (prancha
III, fig. 1) sob este nome. Eu a tenho indicada no catálogo do Museu
como T. argyreus m.
Quero acrescentar, ainda, que pude comparar T. Cuvieri
m. com 4
exemplares de uma forma que considero ser o
T. microstoma de
Günther. Estes foram trazidos de Cotinguiba,
Província de Sergipe, pelo
falecido Capitão Hygom. À descrição de Günther eu saberia
somente adicionar que a mancha na região escapular é muito
nítida em
todos os 4, e que neles também faltam dentes no maxilar.
129
De 111 exemplares capturados no lago, 5 possuíam nadadeira adiposa; de
outros 128, apenas 8, e somente em 1 desses 13 ela era tão grande como
normalmente deveria ser. De 11 e 7 exemplares, respectivamente de cada
uma das duas outras localidades mencionadas acima, somente um de cada
localidade possuía a nadadeira adiposa (R.).
130
Catalogue of the Fishes in the British Museum. Vol.
5o,
p. 332.
131
Zoology of the voyage of H. M. S. ``Beagle'', IV. Fish, pp. 127-128.
132
Girard: ``Contributions to the fauna of Chile'', no ``The
U.S. Naval Astronomical Expedition'' de J. M. Gillis, II, p. 45:
``Dentes no maxilar, intermaxilar e no dentário'', etc. e ``dentes no
maxilar muito poucos e pequenos''.
133
Proc. Zool. Soc. 1868, p. 245.
134
Proceed. Am. Phil. Soc. 1870, p. 564.
135
loc. cit., p. 566.
136
Como pode haver alguma dúvida
em atribuir maior peso à forma dos dentes (como eu penso ser o mais
correto), ou ao fato de eles ocorrerem
ou não no maxilar, vou aqui notar como eles são
descritos nas diferentes espécies: Tetragonopterus
interruptus Jenyns ``dentes pequenos multi-cuspidados''; ``dentes muito pequenos; as pontas da borda cortante numerosas
(5 ou 6 em cada dente) e aproximadamente iguais''. Chirodon pisciculus Gir. ``Dentes ...dilatados em
direção às suas bordas, as quais exibem geralmente 5 pontas
agudas''. ``Suas formas são achatadas, dilatadas em direção às suas
bordas superiores, as quais são providas geralmente com 5 pontas
subcônicas, a do meio sendo a mais longa, com a aparência de um
dedo''. Chirodon alburnus Gthr. (Proc. Zool. Soc., 1869, p. 424). ``Dentes escassamente comprimidos, pontudos, com um
minúsculo (microscópico) lobo de cada lado; existem cerca de 12 na
maxila superior e 18 na inferior''. Odontostilbe fugitiva Cope: ``Dentes ...amplamente
espatulados e crenulados, 2 em cada maxilar, 5 em cada pré-maxilar, 6
em cada dentário, os pré-maxilares com 7 cúspides cada um, a mediana
mais proeminente''. Aphyocharax pusillus Gthr.: ``Dentes pontudos, os do
inter-maxilar, cerca de 7 de cada lado, tendo simplesmente uma ponta:
mandíbula com 9 dentes de cada lado; dentes maxilares muito
pequenos, ocupando cerca de 2/3 do comprimento do osso''. A. filigerus Cope: ``Dentes pré-maxilares 7 de cada lado,
maxilares numerosos, ocupando a maior parte da margem do osso''. Como resultado desse
agrupamento comparativo, parece-me que
Chirodon alburnus
Gthr. deve ser mudado para Aphyocharax. Eu mostrei em outro
lugar que Tetragonopterus pulcher
de Gill (Trinidad)
torna-se a quinta espécie do gênero Chirodon ou Odontostilbe (Videnskab. Medd. fra den naturh. Forening,
1874, p. 236).
137
Devido aos danos parciais dos dentes, o número não é totalmente
seguro.
138
Reinhardt relata ``que ela é chamada indevidamente
``piabanha'', cujo
nome pertence a um outro peixe que não ocorre no Rio das Velhas''.
É claramente o mesmo nome com o qual
B. carpophagus, de
acordo com Castelnau, é chamado no Rio Sabará;
B. Hilarii,
de acordo com a mesma fonte, é chamado em Salinas (Salgado?)
``matrinchão''.
139
De acordo com St. Hilaire (Vol. I, p. 238), de ``piri'',
junco, e ``pitiunga'', aquilo que tem um mau cheiro; de acordo com
Reinhardt, de ``pirá'', peixe, corrompido para ``Pirapitanga''.
Filhotes foram trazidos a Reinhardt sob o nome de
``douradinho'', ou
``um pequeno dourado'', ou seja, os peixes eram confundidos com filhotes
de Salminus Cuvieri.
140
Ele foi trazido a Reinhardt duas horas antes de sua partida de Lagoa
Santa, e, portanto, teve de ser colocado às pressas em um tonel, que
foi logo colocado em cima de uma mula, e, apesar de Reinhardt em
Lagoa Santa ter retirado as víceras e feito várias incisões na
carne, na chegada ao Rio ele encontrou o peixe já parcialmente apodrecido,
estado que, na sua viagem até Copenhague, naturalmente progrediu mais ainda.
141
O raio duro rudimentar que cresce junto com o primeiro raio não
partido, como de costume, não é contado.
142
Por outro lado, nos dentes não encontro qualquer
diferença essencial entre as duas espécies. Cada ramo da
maxila inferior pode ter 8-12 dentes na fileira mais externa,
os grandes com 6-7 cúspides, os menores com somente uma; na fileira
interior, que nos exemplares menores de Brycon Reinhardtii
começa antes do quarto dente da fileira exterior, nos exemplares
maiores assim como nos B. Lundii antes do sexto ou oitavo,
há no mínimo 11-12 dentes além dos dois maiores, que ficam
atrás dos mais à frente na fileira exterior. Cada osso do maxilar
superior contém cerca de 20 (18-22, se nenhum foi extraído)
pequenos dentes com 1-3 cúspides, cada intermaxilar
uma fileira externa com cerca de 10 (9-11) e uma interna com cerca de 5
(4-7), com 3-5 cúspides cada uma; mas esta fileira interna continua e
bifurca-se na parte da frente da boca novamente em duas fileiras de
dentes
maiores, 2 ou 3 em cada uma; aqueles na fileira do meio dentre aquelas 3
fileiras da frente possuem 3 cúspides; aqueles na de trás são
maiores e possuem nos B. Lundii 5 (4-6)
cúspides cada.
143
Portanto é difícil admitir que o exemplar de Natterer de
Irisanga possa concordar ``em todos os pontos'' com a
descrição de Valenciennes ou com a figura de Castelnau (Kner,
Characinen, II, p. 12).
144
À frente deste existe ainda um rudimento extremamente pequeno,
mas completamente escondido na pele, de modo que somente é visto
ao ser exposto.
145
O delicado raio duro rudimentar não incluído.
146
Kner, loc. cit., p. 60.
147
Esta não está completamente conservada, mas suas pontas não parecem
ter sido tão desenvolvidas como no primeiro exemplar descrito.
148
Pode ser oportuno comparar esses números com os de Valenciennes e de
Günther:
149
Não concorda muito bem que o comprimento da cabeça, segundo Günther,
seja menor que um quarto do comprimento total (sem a nadadeira
caudal), e que o início da nadadeira dorsal se situe quase
no meio da distância entre a ponta do focinho e a raiz da nadadeira caudal.
Valenciennes diz que a nadadeira dorsal tem a altura igual ao dobro de
seu comprimento, a nadadeira anal, ao contrário, o comprimento igual
ao dobro de
sua altura, e o lobo do meio da cauda é quase tão longo quanto os
outros dois, afirmações que eu considero
muito fortes. Outras imprecisões, por exemplo, na descrição dos
ossos dos arcos orbitais (onde os dois primeiros são descritos como
um único e o último, ao contrário, como dois), vou ignorar, e considero
completamente desnecessário comunicar uma nova e completa
descrição da espécie. Apesar disso, vou suprir a descrição de
Valenciennes com a seguinte passagem da detalhada descrição
escrita de próprio punho por Reinhardt, porque as proporções
mencionadas não foram anteriormente descritas para
Salminus:
``O lado côncavo dos arcos branquiais sustenta espinhos ósseos
chatos, que são maiores no arco externo onde alcançam um
comprimento em torno de 7mm; nos dois primeiros arcos formam
somente uma fileira do lado externo, ao passo que o lado interno é
completamente liso; no terceiro e no quarto arcos branquiais
encontram-se, ao contrário, duas filas de tais espinhos, uma de cada
lado,
embora no quarto os espinhos sejam quase rudimentares. Os dentes dos ossos
da faringe são muito pequenos, em forma de cone, um pouco curvados na
ponta; em cada
um dos primeiros ossos superiores da faringe eles formam um pequeno grupo,
nos de trás uma grande lâmina oval de dentes, que é somente um
pouco menor que esse grupo no osso inferior da faringe''.
150
A nadadeira caudal neste exemplar está muito danificada.
151
Segundo Günther . . . . . . : D.:11;V.:8;A.:25.L.lat.69,
Dentes: máx. 37.
153
Quando Valenciennes diz que este peixe ``perto do Rio de Janeiro na
Província de Minas Gerais'' se chama ``barro (deve ser ``barra'') de
Jiquitibá'', isso é claramente uma confusão do
nome do lugar
onde Ménétriés obteve o peixe com seu nome comum.
154
Um exemplar jovem de um Salminus do Rio da
Prata tem cerca de 100
escamas na linha lateral, 18 acima e 15 abaixo desta na parte anterior
do corpo; o segundo dente da maxila inferior é também aqui
grande, o que não é referido na descrição de Cuvier nem é sugerido
pela figura de Müller e Troschel com respeito aos dentes de
S. brevidens (Horæ ichthyologicæ, I & II, prancha VIII,
fig. 3).
156
O raio rudimentar duro e externo não incluído.
157
Todos os exemplares maiores do Museu são fêmeas.
158
``O maior indivíduo conservado nas coleções do Museu
mede aproximadamente 17 polegadas de comprimento. Ele foi trazido
do Rio São Francisco por M. Aug. de S. Hillaire e foi
com base nele que M. Cuvier forneceu a figura de seu Piraya.'' (Val. loc. cit. p. 293).
159
Esta característica altamente peculiar, que também se encontra em
Myletes e em alguns
Siluridæ, já é mostrada na
figura de Spix e mencionada nas descrições de Agassiz e
Valenciennes. Kner (loc. cit. p. 36) dá o número de raios
como sendo 3 ou 4 e acredita que sua presença é certamente uma
característica da espécie, ao que se deve acrecentar que o
fato de aqui termos encontrado somente 1 raio no exemplar um pouco menor
poderia indicar que naqueles ainda mais jovens os raios poderiam faltar
completamente, ainda que Valenciennes diga que eles se encontram em
todos os seus seis exemplares que eram
``de todos os tamanhos''.
160
Cuvier os descreve corretamente como
``muito pouco salientes, obtusos e
algo espalhados'',
mas retrata-os como sendo muito agudos, salientes e nítidos.
161
Denominado em homenagem ao fiel colaborador do Dr. P. W. Lund, o
norueguês P. A. Brandt, com quem morava em Lagoa Santa.
162
O exemplar de Spix no Museu de Munique tinha somente
7´´
de comprimento, ou seja, era bastante pequeno, talvez um
filhote; mesmo assim o artigo de Valenciennes sobre ``Le Serrasalme
doré (Serrasalmo aureus Spix)'' começa com as palavras:
``a Amazônia possui uma grande espécie de S. que Spix tornou
conhecida''. Spix também não afirma que se origina do Rio
Amazonas, mas fala algo mais indefinido ``nos rios e lagos equatoriais
brasileiros''. As palavras de Valenciennes levam mais a
crer que seus exemplares (dos quais o maior tinha 13
polegadas de comprimento), trazidos por Castelnau, St.
Hilaire e outros, eram todos do Rio Amazonas, o que Castelnau também
menciona em seu trabalho da viagem; mas com respeito aos exemplares de St. Hilaire, este não pode, de qualquer modo, ser o caso, e como os demais
peixes deste viajante em geral são do Rio São
Francisco, fica
fácil supor o mesmo do seu provável ``S. aureus''. Se as
palavras de Valenciennes no alto da p. 284 forem compreendidas
desse modo, que a nadadeira adiposa nos S. aureus é
completamente coberta com escamas, esta não poderia ser a espécie
sob consideração.
163
Este desenho falta, porém, em um exemplar alevino
(10´´
de comprimento). Quero ainda salientar que
este pequeno exemplar é, relativamente, o mais alongado de todos, uma
vez que a relação da altura com o comprimento é 1:2 1/4.
164
Günther não se pronuncia diretamente sobre a questão levantada,
mas divide o gênero Myletes em dois grupos, um
correspondente a Myletes M. Tr., com um intervalo entre as
duas fileiras de dentes do intermaxilar, o outro
correspondente a Myletes M. Tr. [e Tometes Val.], sem
o tal intervalo. Pode-se com isso concluir que ele não encontrou
confirmação para a diferença entre sexos. Quero, ainda, salientar
que M. macropomus é descrito por
Valenciennes como possuindo
7 (6) dentes na fileira interna da maxila inferior; Kner
encontrou somente 2 como nos outros Myletes e considera que os demais
caíram por acaso ou devido à idade. Depois que examinei alguns
jovens de Myletes e também encontrei somente 2, não posso
senão pensar que esta suposição é muito temerária e estaria
mais inclinado a
acreditar que Myletes macropomus Val. pertence a um
gênero diferente daquele que Kner examinou.
165
Sobre a bexiga natatória na família Gymnotini.
(Videnskab. Meddel fra den naturhist. Forening, 1852, pp. 147-148; Archiv für Naturgeschichte, XXer Jahrg., vol. 1
(1854), pp. 180-184.
166
Kaup: ``Catalogue of Apodal Fishes in the British Museum'',
1856, pp. 126-137.
167
``Die Gymnotidæ des k. k. Hof-Naturaliencabinetes zu Wien'',
(Sitzungsberichte der k. k. Akad. d. Wissensch. Wien. vol. LVIII; 1868).
168
Catal. VIII (1870).
169
``Videnskabelige Meddelelser fra den naturhistoriske Forening''
1849, pp. 36-30 e 1854, pp. 108-112.
170
Aqui é de se notar que o último raio completamente dividido das
nadadeiras anal e dorsal sempre é contado como 2, e também que eu não
incluí os curtos raios de sustentação da nadadeira caudal,
cujo número não podia constatar sem danificar demais os exemplares,
e cuja variação em número seria, além disso,
destituída de significado. O dado mais importante é que o
número de
raios bifurcados da nadadeira caudal em ambas as formas é o mesmo.
171
A cor de P. Lundii fresco é descrita por Reinhardt do
seguinte modo: ``ele é, ao longo do dorso, cinza-prateado claro e na
parte superior do corpo branco-prateado puro; do alto do dorso
estendem-se algumas faixas acinzentadas, quase imperceptíveis,
até um pouco abaixo nos lados em direção inclinada. Os raios da
primeira nadadeira dorsal têm brilho prateado, a pele entre eles é
acinzentada com um salpicado ou pequenas manchas irregulares; na
segunda nadadeira dorsal, ao contrário, os próprios raios
são manchados de preto e a nadadeira possui, além disso, uma borda
preta em cima. A nadadeira caudal é amarela com borda negra, a
nadadeira anal e as nadadeiras pares são branco-amareladas. A córnea é
de cor prateada, aqui e ali jogando com um reflexo dourado''. Sobre
P. corvina: ``o peixe fresco possui um brilho prateado, que no
alto do dorso assume um reflexo verde-acinzentado e na superfície
da testa torna-se violeta; ao longo do dorso cada escama é adornada
com um risco acinzentado, que produz listras cinzentas muito
finas, que se estendem em direção inclinada para baixo em
direção à linha lateral; em ambas as nadadeiras dorsais, a pele que
une os raios é adornada com pequenas manchas pretas irregulares.
As nadadeiras ventrais, peitorais e anal são amarelo-alaranjadas,
cuja cor é viva principalmente nas nadadeiras ventrais e anal''.
172
``Selecta genera et species piscium'' etc. p. 128,
prancha 71.
173
Reinhardt mostrou que a ``gorubina'' (Nota do Autor:
curvina), que na viagem de Spix e Martius (II, pp. 536 & 558) se
menciona como observada e capturada no Rio São Francisco perto de
Salgado, não pode ser outra senão P. squamipennis Cuv.
174
Cat. Acanthopt. Fishes Brit. Mus. II, p. 281.
175
Steindachner, ``Beiträge zur Kenntniss der Sciænoiden
Brasiliens und der Cyprinoiden Mexikos'', p. 10, tomo III
(Sitzungsber. d. Akad. Wiss. Wien, XLVIII, 1863).
176
``Ichthyologische Mittheilungen''. VII, p. 9 (231). (Verhandl. d. K. K. zool. bot. Ges. Wien. 1864).
177
Catalogue of Acanthopterygian Fishes in the Brit. Museum, II,
1860, p. 282.
178
Os autores caracterizaram também o gênero de formas diferentes, de
acordo com o tipo que tinham em mãos;
Agassiz (loc. cit.)
da seguinte forma
``boca direcionada de baixo para cima'', Steindachner,
ao contrário (loc. cit., p. 3),
``a boca inferior, a maxila inferior recolhida sob o
intermaxilar''.
179
Achei suficiente fazer breve menção a algumas espécies
conhecidas anteriormente, de modo a enumerar principalmente aqueles
caracteres que diferem de descrições anteriores ou que os
ictiólogos não anotaram. Os caracteres essenciais das espécies
já anteriormente descritas pelo Professor Reinhardt foram
extraídos dos escritos deste celebérrimo autor, e são
assinalados mediante um ``(R.)''.
180
Até à margem posterior do opérculo.
181
Exceto os raios anteriores superiores e inferiores rudimentares.
182
Exceto os raios anteriores superiores e inferiores rudimentares.
183
Até o fim do processo parietal em Hypostomatina.
184
NT: ``caracteres emendados ou corrigidos'', significando
alteração
dos caracteres que definem o gênero (o taxon).
185
Citei como dois o último raio da nadadeira dorsal e da anal, quando
é fendido até à base; não encontrei motivo para citar assim o
externo da ventral,
pois é apenas rudimentar.
186
Último raio da anal e da dorsal fendidos.
187
Rheos (do grego) = correnteza; filia (do grego) = afinidade.
A.
Ponta do focinho nua; lábio superior nu
ou parcialmente granulado.
B.
Ponta do focinho geralmente granulada e não
nua; lábio superior também granulado em geral
a. Corpo de cor escura, com manchas claras.
P. alatus Cast.
P. Francisci Ltk.
b. Corpo de cor mais clara, com manchas escuras
ou negras.
P. bicirrhosus, pantherinus,
P. spiniger Hens., Villarsi Ltk.
Commersonii, punctatus,
? P. horridus etc.
Wuchereri, brevicauda, lima etc.
a)
Focinho muito largo; área dentífera
intermaxilar muito larga; nadadeira adiposa um pouco longa.
1.
Pimelodus ornatus Kn.
b)
Focinho de largura média; área
dentífera intermaxilar mais estreita.
1.
Nadadeira adiposa um pouco longa:
2.
P. maculatus Lac.
2.
Nadadeira adiposa curta:
3.
P. Valenciennes Kr.
c)
Focinho atenuado, estreito, pontiagudo, quase
cônico, boca diminuta, lábios dilatados,
poucos dentes; nadadeira adiposa alongada.
1.
Presença de dentes intermaxilares:
4.
P. labrosus Kr.
2.
Ausência de dentes intermaxilares:
5.
P. Westermanni Rhdt.
D.
V.
A.
L. lat.
Valenciennes :
11;
9*;
27;
80;
7,
42,
-
Günther :
11;
8;
29;
80,
;
-,
34-36,
-
Maior exemplar de Rhdt., Rio d. Velhas :
10 (2.8);
8;
29 (3.26);
78,
;
6;
33-36,
24-26.
Menor exemplar de Rhdt., Rio d. Velhas :
11 (2.9);
8;
28 (3.25);
c.
80,
;
6;
28-32,
22-24.
Pele de Rhdt., Rio São Fancisco :
11 (2.9).
28 ou 29?
c.
78,
6;
32-34,
c. 22.
Em algumas cabeças e maxilas isoladas,
razão pela qual não se sabe se pertencem a S. Cuvieri ou a S. Hilarii
6-8,
30-41,
24-32.
*
O raio duro rudimentar foi contado.
Segundo Valenciennes. . .: D.:10;V.:9;A.:23.L.lat.68, e ele descreve a cauda
como muito profundamente bifurcada; o número nas nadadeiras ventrais
discrepa certamente do de Günther somente pelo fato de o raio duro
rudimentar ter sido contado.