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13. Tetragonopterus nanus Rhdt.

(prancha V, fig. 17.)

Esta espécie ainda menor, talvez a menor espécie de peixe que se conhece - de uma grande quantidade de exemplares, nenhum mede acima de 26 mm (1 polegada) de comprimento -, chamada no Brasil de ``piabinha-vermelha'', chama a atenção pelo fato de a nadadeira adiposa freqüentemente faltar; quando excepcionalmente está presente129(em 1 de cada 17), ela é quase sempre notavelmente pequena. Ela ocorre tanto no lago (Lagoa Santa), quanto no riacho que corre através da fazenda perto de ``Olhos D'água'' e no ``Açude de Contendas''. Entre 3 de fevereiro e primeiro de março, Reinhardt encontrou exemplares com ovários intumescidos por óvulos relativamente muito grandes, ``quase do tamanho da cabeça de um dos mais finos alfinetes entomológicos'' e da mesma cor verde-maçã, clara, como em T. gracilis.

A forma é alongada, a altura contida menos de 4 (3 4/5 até 3 3/4 ) vezes no comprimento total (até a nadadeira caudal); o comprimento da cabeça acima de 4 vezes; o diâmetro dos olhos é a metade ou dois quintos do comprimento da cabeça e maior que a largura da testa. A nadadeira dorsal está, como nas demais espécies, situada no espaço entre as nadadeiras ventrais e a nadadeira anal; sua altura é maior que sua distância até a nadadeira adiposa, quando esta está presente; as nadadeiras peitorais não alcançam as nadadeiras ventrais. Dos dentes da maxila inferior, os quatro maiores de cada lado possuem três cúspides (o segundo muito menor que os demais), os outros somente uma ponta, com exceção do primeiro (quinto), que possui uma pequena cúspide lateral. Em cada intermaxilar encontram-se 3-4 pequenos dentes na primeira fileira, 4-5 maiores na segunda, mas não possuem acima de 3 cúspides; o mais próximo do meio na realidade tem somente 2, uma vez que a terceira cúspide mais próxima da linha medial é extremamente pequena ou completamente ausente. Existem 30-32 escamas ao longo do lado, das quais porém somente as 4-7 primeiras comportam a linha lateral, e 4 acima e 4 abaixo (${{4}\over{4}}$) da linha lateral na parte da frente. O número de estrias sulcadas, nas escamas em que são mais numerosas, dificilmente supera 4. Número de raios: D.: 2 + 8-9; V.: 7; A.: 3-4 + 14-15. O número nas nadadeiras ventrais é característico, pois todas as demais espécies do vale do Rio das Velhas possuem 8 raios nessas nadadeiras. O peixe vivo, na água, possui as seguintes cores: ``Uma cor viva, freqüentemente quase só de um puro e profundo vermelho-alaranjado, é espalhada por todo o lado do dorso; para baixo, nos lados, estende-se um brilho prateado, mas conforme a iluminação, a cor vermelha também aparece, se bem que de forma um pouco mais clara que no alto do dorso; o ventre é também de um brilho prateado, em certas direções com reflexos avermelhados, e a íris cor de ouro-avermelhado; as nadadeiras têm um vivo vermelho-alaranjado; as áreas frontais das nadadeiras dorsal e anal e as pontas dos lobos da nadadeira caudal são branco-acetinadas, e essas pontas brancas na água são fortemente ressaltadas em contraste com o resto da nadadeira, em geral vermelha. A cor vermelha do corpo pode ser pura, suja ou pálida; os indivíduos maiores são em geral os de colorido mais bonito''. É evidente, das anotações de Reinhardt, que em geral as fêmeas são mais verde-amareladas, apresentando somente um tom avermelhado fraco, e que os indivíduos vermelhos (machos) ficam talvez tão grandes quanto as fêmeas, mas que não são tão numerosos. - Conservado em aguardente, o T. nanus tem mais ou menos a mesma aparência que T. gracilis; os lados prateados são separados do dorso por uma faixa escura, que continua como uma mancha arredondada na raiz da cauda e em uma linha preta mais ou menos nítida até a bifurcação da nadadeira caudal; também a linha dorsal escura é encontrada aqui, mas não é igualmente nítida em todos os indivíduos.



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Luiz Paulo Ribeiro Vaz 2002-06-20