Dissertação de Mestrado #450: Alana Sousa

Aquecimento em colunas de acreção de estrelas T Tauri

Autor: Alana Paixão de Sousa

Banca Avaliadora

Sílvia Helena Paixão Alencar (orientadora), Física

UFMG

Maria Jaqueline Vasconcelos (coorientadora

UESC

Luiz Paulo Ribeiro Vaz, Física

UFMG

Wagner José Corradi Barbosa, Física

UFMG

Marcelo Medeiros Guimarães

UFSJ

Orientadores

Sílvia Helena Paixão Alencar (orientadora)

Departamento de Física - UFMG

Maria Jaqueline Vasconcelos (coorientadora)

UESC

Resumo do Trabalho

Estrelas jovens de baixa massa que ainda mostram sinais de acreção, ou seja, estrelas T Tauri clássicas (ETTCs), apresentam um número significativo de linhas de emissão em seu espectro. Essas linhas de emissão são produzidas em colunas de acreção e são modeladas para obter parâmetros físicos do sistema disco-estrela, tal como a taxa de acreção de massa. No entanto, a estrutura de temperatura das colunas de acreção ainda está em aberto. Apresentamos neste trabalho um estudo do perfil de temperatura destas colunas encontradas em torno de ETTCs. Consideramos objetos estelares jovens (~10? anos) e de baixa massa (M* ≤ 2 Msol, que têm disco de acreção em rotação kepleriana. Adotamos um modelo de acreção magnetosférica, onde a estrela central tem um campo magnético de dipolo que interrompe o disco em uma distância de alguns raios estelares (rtr ≤ 0.1 UA) desde a estrela, perto do raio de co-rotação. A acreção do gás segue as linhas de campo magnético estelar desde rtr até a estrela. Para determinarmos o perfil de temperatura no funil, usamos a primeira lei da termodinâmica resolvida para o átomo de hidrogênio em um estado estacionário. Este resultado nos fornece a equação de calor que foi resolvida, juntamente com as equações de taxas para o átomo de hidrogênio, considerando os mecanismos de excitação e desexcitação colisional (com prótons e elétrons), recombinação radiativa, transição espôntanea, ionização colisional e fotoionização. Usamos como processos de aquecimento, a compressão adiabática estudada por Martin (1996) e também o aquecimento por raios-X, proveniente da estrela central, e como mecanismo de resfriamento consideramos as linhas de CaII e MgII e bremsstrahlung. Com esses mecanismos, determinamos a estrutura de temperatura para as colunas de acresção e os principais processos físicos que aquecem e resfriam o gás. Encontramos também que a taxa de acreçõo de massa e a luminosidade de raios-X, são os parâmetros de maior importância para o perfil de temperatura.