Dissertação de Mestrado #285: Guilherme Dias

Espodumênio Brasileiro Natural e Tratado: Um Estudo dos Centros de Cor e Coloração Artificial

Autor: Guilherme Osvaldo Dias

Banca Avaliadora

Klaus Wilhelm Heinrich Krambrock (orientador), Física

UFMG

Flávio Orlando Plentz Filho, Física

UFMG

José Francisco de Sampaio, Física

UFMG

Luiz Alberto Cury, Física

UFMG

Orientadores

Klaus Wilhelm Heinrich Krambrock

Departamento de Física - UFMG

Resumo do Trabalho

O presente trabalho teve como propósito correlacionar as cores em variedades de espodumênio gema, oriundas de Minas Gerais, com seus causadores (centros de cor) afim de estabelecer modelos seguros para esses centros de cor e sugerir tratamentos para a melhoria e variação da cor dessas gemas. Foram estudadas as variedades amarela, verde (hiddenita) e rosa (kunzita). O espodumênio tem formula química LiAlSiO4 e simetria monoclinica com quatro moléculas por celula unitária. Para o estudo da cor e os centros causadores utilizamos as técnicas Ressonânica Paramagnética Eletrônica (EPR), fotoluminescência e absorção ótica em amostras naturais, tratadas termicamente e com irradiação gama de alta dosagem. A análise das dependências angulares dos espectros de EPR nas amostras de espodumênio se mostrou extremamente complicada devido a baixa simetria e devido às inúmeras linhas de Mn2+ e Fe3+. A análise das transições de EPR do Fe3+ foi feita para os planos cristalinos ab e ac, permitindo uma clara identificação deste centro. Obtivemos os parâmetros do seu Hamiltoniano de spin e identificamos a simetria do sítio ocupado. O centro paramagnético, Fe3+, pôde ser associado à cor amarela em espodumênios amarelos.