Tese de Doutorado #133: Márcio Júnior

Estudos de monocristais de trifluoretos de Ítrio e de lantanídios e tetrafluoretos de Sódio e lantanídios por espectroscopias Raman e infravermelho

Autor: Márcio Martins Lage Júnior

Banca Avaliadora

Roberto Luiz Moreira (orientador), Física

UFMG

Ado Jório de Vasconcelos, Física

UFMG

Luiz Orlando Ladeira, Física

UFMG

José Cláudio Galzerani, Física

UFSCar

Luiz Antônio de Oliveira Nunes, Instituto de Física

USP/São Carlos

Orientadores

Roberto Luiz Moreira

Departamento de Física - UFMG

Resumo do Trabalho

Espectros polarizados de Infravermelho e Raman foram obtidos para os cristais trifluoretos de lantanídeos YF3, LnF3 (Ln=Tb, Dy, Er, Yb e Lu) e também para os tetrafluoretos de lantanídeos e sódio NaLnF4 (Ln= La, Ce, Pr, Sm Eu e Gd). Os trifluoretos possuem a estrutura cristalina ortorrômbica conhecida como b-YF3, com o grupo de espaço Pnma (D162h). Pela primeira vez foram obtidos espectros Raman para DyF3 e LuF3 e espectros de reflectância no infravermelho para trifluoretos com estrutura b-YF3. Todos os modos observados foram designados de acordo com as representações irredutíveis do grupo de pontos da estrutura. Foi feito um estudo do comportamento dos modos nos espectros Raman dos diferentes trifluoretos. Com uma análise da evolução espectral estes modos foram separados, em dois grupos, um composto por modos mais influenciados pelos movimentos do íon Ln+3 e o outro por modos mais influenciados pelos movimentos do íon F-1. As intensidades de alguns modos mostraram-se dependentes da distorção elástica ortorrômbica. Dos espectros de reflectância no infravermelho, foram obtidas as separações em freqüências dos modos TO-LO, usadas para o cálculo de cargas efetivas dos íons. Os resultados deste cálculo foram usados para uma discussão da potencialidade de ação Laser dos cristais com estrutura tipo b-YF3. Na literatura há uma divergência quanto à estrutura cristalina dos tetrafluoretos. Com uma extensa análise das medidas obtidas por Raman e infravermelho, foi encontrado o grupo de pontos, GP, mais provável para estes cristais. Este GP se mostrou condizente com uma das propostas existentes na literatura para a estrutura. Foram calculados os modos ativos e designados todos os modos encontrados, utilizando o método da análise do grupo fator de Rousseau. As poucas divergências entre esta estrutura encontrada e os resultados experimentais são explicadas.