Dissertação de Mestrado #664 – José Eugênio Paes Scott da Costa – 30/09/2021

Técnicas espectroscópicas aplicadas a aglomerados estelares

Autor: José Eugênio Paes Scott da Costa

Banca Examinadora

Prof. João Francisco Coelho dos Santos Junior (Orientador)

DF/UFMG

Prof. Mateus de Souza Ângelo (coorientador)

CEFET

Prof. Francisco Ferreira de Souza Maia

IF/UFRJ

Profa. Paula Rodrigues Teixeira Coelho

IAG/USP

Profa. Daniela Borges Pavani

IF/UFRGS

Orientação

Prof. João Francisco Coelho dos Santos Junior (Orientador)

DF/UFMG

Prof. Mateus de Souza Ângelo (coorientador)

CEFET

Resumo do Trabalho

O conhecimento atual sobre a formação e evolução das galáxias vem em grande parte do estudo de aglomerados de estrelas. Isto porque a grande maioria das estrelas não se forma isoladamente, mas em grupos ou aglomerados, a partir da contração gravitacional de nuvens moleculares. Este estudo demonstra como técnicas espectroscópicas podem ser utilizadas para a determinação de parâmetros astrofísicos e cinemáticos de aglomerados de estrelas, passo fundamental para o conhecimento da evolução destes objetos em distintos ambientes galácticos. As técnicas são espectroscopia multi-objeto de estrelas individuais e espectroscopia integrada.
Este trabalho é dividido em duas partes: Na primeira parte relacionamos a idade e metalicidade de 63 aglomerados da Via Láctea e 19 aglomerados das Nuvens de Magalhães com as larguras equivalentes (EWs) de linhas de Balmer e de linhas metálicas (K CaII, banda G e Mg I) obtidas através de espectros integrados fornecidos pelo projeto WAGGS. Na segunda parte, a partir de espectros observados com o instrumento GMOS acoplado ao telescópio Gemini Sul, determinamos a velocidade radial de 36 estrelas na região do candidato a aglomerado aberto remanescente Ruprecht 3 e de 26 estrelas de um campo de controle adjacente.
A partir dos espectros integrados, obtivemos uma relação que determina a metalicidade em função do somatório das EWs das linhas metálicas para os aglomerados globulares da Via Láctea. Também relacionamos a idade dos aglomerados das Nuvens de Magalhães com as EWs calculadas e, a partir de diagramas de diagnóstico, desenvolvemos um método iterativo para estimar a idade de aglomerados jovens com idade menor do que 6,8 Ganos. Além dos dados obtidos com o GMOS, extraímos do catálogo Gaia dados astrométricos e fotométricos para estrelas na região de Ruprecht 3. Com isso, determinamos
a probabilidade de pertinência das estrelas observadas a partir dos dados astrométricos. A partir dos dados fotométricos, determinamos o módulo de distância, o avermelhamento e a idade de acordo com a isócrona que melhor se ajusta ao CMD de possíveis estrelas-membro de Ruprecht 3. Por fim, com o intuito de determinar a natureza de Ruprecht 3, unimos as análises astrométrica e fotométrica com as velocidades radiais calculadas e demonstramos que Ruprecht 3 é um asterismo.

Tópico: Defesa de Dissertação – José Eugênio Paes Scott da Costa
Hora: 30 set. 2021 03:00 da tarde São Paulo

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