Dissertação de Mestrado #660 – Vanessa Graziela Teixeira – 04/06/2021

Estudo do efeito dos flares na amplitude dos modos acústicos solares

Autor: Vanessa Graziela Teixeira

Banca Examinadora

Profa. Maria Cristina de Assis Rabello Soares (Orientadora)

DF/UFMG

Prof. Marcelo Emilio

DF/UEPG

Profa. Adriana Benetti Marques Valio

Craam/UPM

Orientação

Profa. Maria Cristina de Assis Rabello Soares (Orientadora)

DF/UFMG

Resumo do Trabalho

A Heliossismologia possibilita o estudo da estrutura e dinâmica do Sol através da observação e análise dos modos acústicos que se propagam em seu interior. Os flares solares, por sua vez, são um aumento repentino de brilho observado na superfície do Sol originados através da reconexão das linhas de campo magnético, que liberam uma grande quantidade de energia em um curto intervalo de tempo. Acredita-se que parte dessa energia pode contribuir para a excitação dos modos acústicos, aumentando assim suas amplitudes. O objetivo deste trabalho é investigar se e de que forma os flares solares afetam os modos de oscilação no Sol. Primeiramente, foi analisado um dos flares mais energéticos já registrados nas últimas décadas, que ocorreu em 28 de outubro de 2003, utilizando os dados do instrumento MDI (Michelson Doppler Imager), a bordo do SOHO (Solar and Heliospheric Observatory). Corrigindo o efeito da linha de visada de cada região analisada, não foi constata!
do nenhum efeito de aumento de amplitude devido ao flare, contrário aos resultados obtidos por Maurya et al. (2009) usando dados do instrumento GONG (Global Oscillation Network Group). Em seguida, foi analisado um flare de classe X2.1 usando dados de heliossismologia do instrumento Helioseismic and Magnetic Imager (HMI) a bordo do satélite (SDO/NASA), onde também não foi encontrado nenhum efeito claro do flare sobre a amplitude dos modos. Para concluir, foi feito um estudo estatístico comparativo da variação da amplitude dos modos realizando-se, modo a modo, a diferença entre as amplitudes relativas médias de regiões com e sem flare cujo campo magnético médio era similar. Não foram encontradas variações maiores do que 20 $\%$ entre as amplitudes relativas médias. Os resultados obtidos mostraram que a amplitude relativa média das regiões com flare é menor do que a das regiões sem flare para a maior parte dos valores de frequência, resultado este contrár!
io ao esperado. Foi demonstrado que isso se deve ao efeito das regiões ativas presentes em maior número nas vizinhanças das regiões com flares.