Defesa de Tese de Doutorado #414 – Filipe Andrade Ferreira – 17/03/2023

Estudo de Populações Estelares de Aglomerados Abertos a partir de Dados da Missão Gaia DR2

Autor: Filipe Andrade Ferreira

Banca Examinadora

Prof. João Francisco Coelho dos Santos Junior (Orientador)

DF/UFMG

Prof. Wagner José Corradi Barbosa (Coorientador)

DF/UFMG

Prof. Gustavo Andres Guerrero Eraso

DF/UFMG

Prof. Andres E. Piatti

CONICET-UNCUYO

Prof. Wilton da Silva Dias

IFQ/UNIFEI

Prof. Orlando José Katime Santrich

DCET/UESC

Prof. Francisco Ferreira de Souza Maia (Suplente)

DF/UFRJ

Orientação

Prof. João Francisco Coelho dos Santos Jr (Orientador)

DF/UFMG

Prof. Wagner José Corradi Barbosa (Coorientador)

DF/UFMG

Resumo do Trabalho

Aglomerados estelares são importantes objetos para o entendimento de como as estrelas evoluem. Seus Diagramas Cor-Magnitude (CMDs) refletem os efeitos da evolução estelar de objetos de mesma idade e composição química. Além disso a determinação de seus parâmetros astrofísicos (idade, distância, excesso de cor e metalicidade) juntamente com a distribuição espacial de uma amostra destes objetos fornece informações sobre a estrutura e a evolução da própria Galáxia.
Neste trabalho, utilizamos dados dos catálogos Gaia DR2, 2MASS, APASS DR9 e PAN-STARRs DR1 para desenvolver um conjunto de metodologias para a caracterização de aglomerados abertos, que nos permitiram obter listas de membros precisas,coordenadas equatoriais, parâmetros astrométricos médios, raios e magnitudes integradas. Utilizando 59 aglomerados abertos com idades compreendidas entre 7.5 < log[t] < 9.9, construímos CMDs no plano G versus G BP − G RP e utilizamos um método de correlação cruzada para comparar e agrupar os CMDs de idades parecidas. Com os CMDs compostos, geramos um conjunto de isócronas empíricas de metalicidade solar, que permitiram apresentar um panorama observacional da evolução estelar do visível ao infravermelho dentro do intervalo de idades estudado. A partir da fotometria do Gaia, realizamos calibrações inéditas de idades usando índices morfológicos dos CMDs baseados nas diferenças de cor (∆(G BP − G RP ) 0 ) e magnitude (∆G!
) entre o clump de gigantes e o turnoff. Como resultado, notamos que os modelos de evolução estelar PARSEC mostram bom acordo com as isócronas empíricas, principalmente na sequência principal, tendendo a reproduzir a diferença ∆G, porém falhando em demonstrar a diferença ∆(G BP − G RP ) 0 para idades inferiores a log[t] = 8.8, superestimando-a. Ao mesmo tempo mostram-se sistematicamente mais azuis na baixa sequência principal (M G > 9), especialmente para metalicidades superiores à metalicidade solar, mostrando que os modelos ainda apresentam falhas nas transformações de cores nestes intervalos de luminosidade.
A partir de dados do Gaia DR2, foi estabelecida uma metodologia inédita para a busca de novos aglomerados em campos estelares densos baseada em sobredensidades no espaço astrométrico. A metodologia mostrou-se mais efetiva do que diversos métodos de inteligência artificial, especialmente para objetos mais esparsos. Reportamos a descoberta de 62 novos aglomerados com idades entre 6.9 < log(t) < 9.55, distâncias entre 910 < d(pc) < 6300 e excesso de cor entre 0.15 < E(B − V ) < 2.32, possuindo entre 10 e 600 membros. Os novos objetos se encontram no disco Galáctico (−200 < z < 200pc), projetados principalmente na direção do Bojo Galáctico (−10 < l < 10 deg, −5 < b < 5 deg) e são menos concentrados do que a média dos aglomerados da Galáxia.

Topic: Defesa de Tese – Filipe Andrade
Time: Mar 17, 2023 02:00 PM Sao Paulo

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