Tese de Doutorado #366 – Tatiana Moura Costa – 15/04/2020

Análise espectroscópica dos processos de acreção/ejeção de material circunstelar em estrelas Ae/Be de Herbig

Autor: Tatiana Moura Costa

Banca Examinadora

Profa. Silvia Helena Paixão Alencar (Orientadora)

DF/UFMG

Prof. Gustavo Andres Guerrero Eraso

DF/UFMG

Profa. Maria Cristina Rabello Soares

DF/UFMG

Prof. Marcelo Borges Fernandes

Observatorio Nacional - MCTI

Profa. Jane Cristina Gregório-Hetem

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas/USP

Orientação

Profa. Silvia Helena Paixão Alencar (Orientadora)

DF-UFMG

Alana Paixão de Sousa

DF/UFMG

Resumo do Trabalho

Estrelas Herbig Ae/Be (HAeBe) são estrelas jovens de massa intermediária, análogas às estrelas jovens T Tauri de baixa massa. Ambos os grupos podem apresentar sinais de acreção e ejeção de massa e excesso de infravermelho, relacionados à presença de discos circunstelares. Modelos de acreção magnetosférica são geralmente usados para descrever estrelas T Tauri com acreção, conhecidas por possuírem campos magnéticos fortes o suficiente para interromper seu disco circunstelar e formar funis de acreção. Porém, poucas estrelas HAeBes tiveram campos magnéticos detectados, assim é possível que esses sistemas acretem o material circunstelar através de um
mecanismo diferente. Nosso objetivo é analisar a morfologia e a variabilidade das linhas de emissão formadas no ambiente circunstelar das estrelas HAeBes e usá-las
como ferramentas para estudarmos a física dos processos de acreção/ejeção nesses sistemas.
Obtivemos espectros com espectrógrafo UVES/ESO de alta resolução (R$\sim$ 47000) de uma amostra de 15 objetos estelares, incluindo estrelas HAeBe e T Tauri, que são membros do aglomerado jovem ($\sim$ 3 Manos) NGC 2264. Selecionamos as estrelas em nossa amostra com indicações de material circunstancial suficiente para ocorrer os processos de acreção e ejeção e fizemos uma análise detalhada de duas estrelas HAeBes – Mon-000631 (HAe) e Mon-000392 (HBe). Determinamos seus parâmetros estelares a partir de espectros sintéticos, analisamos e classificamos as linhas circunstelares como H$\alpha$, H$\beta$ e HeI $\lambda$5875,7, de acordo com suas morfologias. Modelamos o perfil de linha médio da linha de H$\alpha$, usando o modelo MHD descrito por \cite{2010AA…522A.104L} e encontramos assinaturas de ejeções e acreção magnetosférica nos sistemas estudados.