Dissertação de Mestrado #461: Ana Alves

Desenvolvimento embrionário: das células ao coração

Autor: Ana Paula Alves

Banca Avaliadora

Ubirajara Agero Batista (orientador), Física

UFMG

Ana Maria de Paula, Física

UFMG

Gregory Thomas Kitten, Departamento de Morfologia/ICB

UFMG

Orientadores

Ubirajara Agero Batista (orientador)

Departamento de Física - UFMG

Resumo do Trabalho

Usamos a Microscopia de Desfocalização, técnica desenvolvida no laboratório de Física de Sistemas Biológicos para obter informações sobre Desenvolvimento Embrionário. Estudamos células extraídas de embriões de galinha nos primeiros estágios de desenvolvimento, o batimento cardíaco e o crescimento de vasos no embrião. Desenvolvemos um processo de extração e cultura de células mesenquimais somáticas adaptado para nosso laboratório. As células mesenquimais somáticas vão dar origem aos tecidos e órgãos do embrião, nosso objetivo neste trabalho é caracterizar a dinâmica celular (membrana + citoesqueleto). Foram obtidas células aderidas, em cultura, as quais exibiam diversos formatos. Através das análises de correlação temporal do contraste em nível de cinza obtemos os tempos de relaxação das flutuações na membrana. Para uma mesma célula foram encontrados diferentes tempos na membrana celular, diferentemente dos resultados obtidos com células de outros vertebrados analisados no laboratório. Relacionamos o tempo de relaxação encontrado na membrana com o movimento da célula, resultados preliminares mostram que a célula se move na direção da região da membrana que apresenta menor tempo. Além disso, foram feitas análises da frequência de batimento cardíaco fazendo a transformada de Fourier do sinal do batimento cardíaco do embrião de galinha durante o desenvolvimento embrionário. Os resultados obtidos mostram que em estágios iniciais do desenvolvimento a frequência de batimento é aleatória similar à frequência das células do coração em cultura, os cardiomiócitos, tornando-se definida com o desenvolvimento do embrião. Conseguimos também, obter o embrião em estágios no qual não apresentava vasos, e em estágios posterior já vascularizado. Assim temos um sistema poderoso para estudar como ocorre o crescimento de vasos no tempo, durante o desenvolvimento embrionário.