As Reflexões são compostas de assertivas de caráter moral, as quais não têm, e nem necessitam ter, justificativas científicas. Não quero com isto diminuir o valor da ciência, o que seria totalmente incoerente, dada a minha própria condição de cientista.
Assinalo, com isso, os limites da ciência em relação às questões de natureza moral. A ciência tem poder apenas relativo sobre questões morais. O contrário, no entanto, é falso, ou seja, as questões morais possuem -- devem possuir – poder absoluto sobre as atividades científicas.
Obviamente, a sociedade em que vivemos é que definirá quais sejam as questões morais fundamentais. O resultado destas definições é que mostrará a qualidade, do ponto de vista humano, desta mesma sociedade.
Vamos pois às "Reflexões de um embrião de 55 anos"
1- Nós todos somos embriões. Mais ou menos desenvolvidos. Mas embriões.
2- Matar jovens embriões equivale à eutanásia, que é o eufemismo para "assassinato de embriões velhos e doentes". Ambas as atitudes não são consistentes com a manutenção da vida humana.
3- Todos nós começamos a nossa jornada como o "embrião de idade zero".
4- O embrião de idade zero está -- é -- latente em cada um de nós, e clama por todos embriões de idade zero.
5- Os embriões de idade zero congelados reclamam o seu futuro. Eu, você, todos nós clamamos pelo embrião de idade zero que um dia fomos.
6- Pode a ciência "desexistir" o embrião de idade zero? Uma resposta afirmativa éuma sentença de morte para todos nós. Inadmissível, portanto.
7- Não! A ciência, a lei, o mercado, nada tem o poder de desexistir qualquer embrião de idade zero.
8- O embrião de idade zero existe e nada pode negar o seu direito à existência. Ele, assim como eu, um embrião de 55 anos, necessitamos de condições muito especiais para a nossa sobrevivência.
9- O embrião humano tem que ser respeitado segundo a sua qualificação, qual seja, a de marco inicial do ser humano.
10- O cuidado começa no berço.