Auditório 4. Vê-se, em profundidade,
a coluna lateral com a placa indicativa do local onde se realizou a medição. (Crédito desta fotografia e das seguintes: Marcos Geraldo Rodrigues Maria) |
Placa informativa colocada por iniciativa da Profa. Regina Pinto de Carvalho. | Ao pé da coluna, protegida por uma placa de vidro, o marco da estação gravimétrica no Departamento de Física. |
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O marco da estação gravimétrica sob a placa de vidro. | O marco. |
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A Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein (1879-1955) estabelece que não há meios de se distinguir uma aceleração produzida por atração gravitacional e outra produzida pelo movimento do referencial onde se faz a medição. Conseqüentemente, o gravímetro mede a componente vertical total da aceleração da gravidade. Além da rotação da Terra, vários fatores entram no cômputo deste valor, a saber, as marés, já mencionadas, a forma não esferoidal da Terra, e outros. Os efeitos combinados da rotação e dos desvios da forma esferoidal constituem o chamado efeito de latitude. A rotação da Terra introduz no valor medido de "g" um termo denominado centrífugo.
Segundo o Dr. Mauro Andrade de Sousa, da Coordenadoria de Geofísica do ON, ``os valores de "g" medidos pelo ON incluem o termo centrífugo e são descartados apenas os efeitos da maré lunissolar e da deriva instrumental1. Tudo que é terrestre -- interação gravitacional gravímetro/Terra mais o efeito de rotação -- é preservado, daí o termo gravidade e não simplesmente gravitacional. O efeito da rotação da Terra é descartado quando calculam-se as anomalias gravimétricas, empregadas na geofísica, e que nada mais são do que as discrepâncias entre os valores observados (medidos) da gravidade e os valores teóricos de "g", preditos a partir de um modelo de elipsóide de revolução com as mesmas massa e velocidade angular do planeta.''
Mais informações
sobre o instrumento podem ser encontradas na página eletrônica
do fabricante:
Agradecimento:
As informações técnicas sobre a medição
de "g" no Departamento de Física, especialmente sobre
o instrumento utilizado, foram gentilmente fornecidas por
Mauro Andrade de Sousa
Pesquisador Associado
Observatório Nacional - Coordenadoria de Geofísica
Rua Gal. José Cristino, 77 - São Cristóvão
20921-400 Rio de Janeiro (RJ)
Tel: 21-2580-7081
FAX: 21-2580-3782
mauro@on.br
Agradeço aos colegas Profs. Nivaldo Lúcio Speziali e Regina Pinto de Carvalho as sugestões que aprimoraram o presente texto.
Agradeço à nossa bibliotecária, Shirley Maciel, e ao Prof. Marcos Geraldo Rodrigues Maria pela iniciativa em registrar fotograficamente, de forma clara e precisa, a estação gravimétrica localizada em nosso Departamento.
1 Durante os levantamentos
gravimétricos, nota-se que leituras feitas numa mesma
estação em diferentes momentos não são iguais.
Esta mudança gradual nas leituras de um gravímetro é
denominada deriva e sua causa reside no fato de não terem
elasticidade perfeita as molas que constituem os sistemas dos
gravímetros. As curvas de deriva fornecem a variação
da gravidade numa mesma estação em função do
tempo.
O Leitor interessado em outras informações, de natureza geral,
sobre gravimetria, pode consultar inicialmente uma boa enciclopédia,
sob o verbete Gravimetria. O esclarecimento sobre deriva, aqui
apresentado, foi retirado da Enciclopédia Mirador Internacional, 1981.
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