Universo escuro

Domingos Soares

20 de abril de 2020


A ciência e a tecnologia conquistaram muitas coisas. Mas o universo continua sem um modelo científico satisfatório, o qual nos ajudaria a entendê-lo e a entender o nosso lugar nele. O Modelo Padrão da Cosmologia (MPC) não é apropriado e já escrevi sobre isto muitas vezes em COSMOS. Quem quiser ler estes argumentos, basta colocar MPC ou Estrondão na caixa de Procura de COSMOS disponível aqui.

As únicas coisas certas e seguras que podemos dizer sobre o universo vêm de uma observação trivial, que se constitui na mais importante observação cosmológica: a escuridão do céu noturno. Desta constatação podemos conjeturar algumas possibilidades para o universo real, para o que consideraremos dois conhecimentos estabelecidos fundamentais: as estrelas — e as galáxias, por consequência — têm duração finita e a velocidade da luz é finita. Vejamos então algumas destas conjeturas.

Os artigos a seguir tratam de vários aspectos desta questão. O primeiro deles escrevi com meu colega Marcos Neves, do Departamento de Física da Universidade Estadual de Maringá, Paraná.

1) A escuridão do espaço profundo trata do problema do universo escuro, tanto no modelo do Estrondão, quanto num modelo infinito no tempo e no espaço.

2) A floresta encoberta apresenta a visão tradicional sobre o chamado “paradoxo de Olbers”, que é o nome dado à discussão da problemática da escuridão do céu noturno. Neste artigo, o efeito Hubble não é levado em consideração. Proponho duas atividades experimentais para se estudar o recobrimento da luz do céu, uma, utilizando-se uma “floresta de brinquedo” e, outra, fazendo-se a contagem de árvores numa floresta de verdade. Veja a versão em inglês em The hidden forest.

3) Bosques estelares deduz o brilho do céu para habitantes de mundos que existem em regiões de grande população estelar, como, por exemplo, nos aglomerados estelares. Veja a versão em inglês em Star groves.

4) A escuridão da noite e o universo em que vivemos apresenta o paradoxo de Olbers para leigos.

Espero que estes textos possam levar a reflexões frutíferas sobre a real natureza do universo.



Leia outros artigos em www.fisica.ufmg.br/~dsoares/notices.htm.